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quinta-feira, 2 de setembro de 2010



POETA P. VIAJEI!


SILÊNCIO SEPULCRAL

Sabendo de seus passos
inadequados à existência
limitado, como um pássaro negro
encostado em canto fúnebre,
naquela vala mora uma estrada
cimento a cobre de adorno
inusitadas flores,
obrigando à fertilidade.

Silêncio que não faz bem
Este som do cemitério
Palavras que não vão
Unidas a um negro verbo,
Lamaçal de poeiras cruzes
Cruzes que já perderam as orações,
Range um passo largo
Algo grave aconteceu,
Logo o silêncio cai na cova e acham que morreu.

P.Viajei

Um velho. Não um velho qualquer



que se apoia em bengala,
mas um velho amanhã
que se torna hoje.

Um velho ali sozinho e sem ninguém,
com pena de si mesmo,
com pena do que poderia ser

e será.

- Um velho!

-Sim tu és um velho e eu tendo medo
dessa sua amizade...
tomara que morramos juntos.


P.Viajei

.

2 comentários:

Carmen Regina Dias disse...

P, Viajei!
Caramba, tens as manhas das
letrinhas ferozes,
o dom de surpreender
trazes o súbito,
o inesperado,
voraz
poema.

Magnificente!

Caos disse...

MuiTo obrigado!!!!
Agradeço a você e a mina aí! A mina aí... Anorkinda!
Bjs a todas