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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * * *
FEITIÇO

Máscaras multicores,
brilhos cristalinos,
sorrisos de meninos,
uma poção de ardor,
um passo de coragem,
um beijo de viagem,
dois lados de moeda,
três atos de uma peça,
um filtro de Odessa...

Talvez um carinho caiba
neste feitiço primo...
nesta bravura tímida
da vida vinda do limo.
Do rio fino e presente,
nas nossas inseparáveis vidas...
Onde o amor se chama Luz,
e a paz com anseio é querida.

Claudenir


* * * * *
Chiado de Chuva

Para debaixo do guarda-chuva
Trago todos os meus achados
E entro embaixo da lona
Lado a lado aos tesouros guardados

Inda que o céu seja cinza
Cerzindo o sol de janeiro
Brilha sempre um arco-íris
Debaixo do meu sombreiro

E assim que a chuva passa
Os segredos viram estrelas
O sorriso se desembaça

E cora-se a face, centelha vermelha
Tilinta o silêncio da noite
Acende-se o céu pelas beiras

Célia Sena


* * * * *
INTEIRO COLORIDO

Por mais que a vida
Despedace-me
Recomponho-me
Supero obstáculos

Passo a passo
Alinhavo-me
Em novo colorido

Sem medo do perigo
Entrego-me
Ao imediato

Sou noite
Que ronda o acaso
Sem temer o abismo

Das luas
Sou a fase
Que traz novos sentimentos

Do dia sou o momento
Oportuno
Inesperado

Do amor
O inexplicável

Da Paixão
O que se teme

Do sonho
Voo que eleva

Dos pés no chão
Devaneio

Sou o nada
Diante da vida

Sou o tudo
Diante do acaso

Sou a sorte
Nas mãos da esperança

Serena criança
Que insiste e acredita

Mesmo quando em pedaços
Alinhavo os retalhos
E ressurjo
Em inteiro colorido.


Mavie Louzada


* * * *

AO PÔR-DA-VIDA


Ainda vou entender
as entrelinhas do seu olhar.

Vou parar de fazer
as coisas às pressas
sem ouvir o seu silêncio.

No seu carinho
eu sou pétala,
sou uma folha no vento.

Nos seus braços
volto ao pôr-da-vida:
sou menino.

DANNIEL VALENTE


* * *
PASSADO!

Vem!...
Queima comigo todo o passado
E bebamos as cinzas que hão de ter sobrado

Abandona o seu canto
E reúna o que sobrou de nossas vidas
Toque plangente as cordas
De um violão há tanto mudo

Renove as folhas
de poesias há muito escritas
Que voltam lentas
Mas sempre vivas e atentas

Vem!...
Por entre as sombras que engoliram as saudades
De uma vida que escorria sem maldades
Venha ao nascer do dia
Reflorando as rosas por inteiro
Acorde-me pra replantarmos o canteiro

Traga a aragem dos seus beijos tão lembrados
Enluarando os copos
dessas sobras ja servidas
Como gentil miragem
A nos cantar de novo a vida!

NICE CANINI


* * *

Natal Cósmico!.

Comemorei muito Natal, conforme via,
como a Igreja passou, o Nascimento,
um Salvador nascia naquele famoso dia;

A criança, o estábulo, a pobreza, uma estrela,
reis magos com riquíssimos presentes ali eram,
o símbolo da riqueza cabisbaixa em nobre tela;

Hoje ainda esta mesma Sé, riquíssima comemora,
o nascimento do Filho de Deus, através de uma virgem,
na mais rica catedral do mundo, a noite a Sé ora;

Agora sei, que meu irmão, o primeiro índigo em Luz,
numa pequena abertura do Sol Central, Alcione,
vem com um DNA já pronto acionando o Cristo em si;

Irmão, primeiro Crístico, que orientou nossa jornada,
que se opôs ao sistema governamental da época,
como hoje o fazemos, todos, sementes crísticas de Luz;

Com idêntico DNA, chegamos a última reencarnação,
e da mesma forma respeitando as soberanas Leis Divinas,
cá estamos, cristais, descendentes da mônada de Miguel;

Cumprindo nossa missão, levar amor a todos os corações,
aprender amor Universal para cumprir a maestria do céu,
Natal, é nosso natalício, todos os apóstolos do Cristo;

Nesta data, comemoramos mais um nesta seara, a Cristandade
de um cristo Cósmico, Maytreia, a libertar-nos da antiga Sansara,
num Universo onde a Onipotência é a do Pai, em nome dos Filhos!

Godila Fernandes


* * *
O Ser

O ser que habita em mim,
tem o hábito de cometer
arbitrariedades, o que eu
posso fazer?

Se eu não for o ser qu'eu sou,
não serei eu, não serei poeta,
mas serei julgado. Que julguem!

Mas faça jus a teu julgamento,
aponte o indicador para a face
que te incomoda, mas tome
cuidado, tu podes estar apontando
para teu próprio reflexo!

Digo a ti: - O que está em mim,
pode estar em ti, pois eu posso
ser o espelho que teus olhos julgam!


Pergentino Júnior


* * *

Pousa Aqui Amor

Venha de leve, pousa aqui!
Sentirás meus dedos que
contornarão as setecentas
e trinta passagens da lua!

Teus pés não sentirão o chão,
pois teu corpo flutuará na
gangorra que te faz menina!

Sentirás o barinoto-vento
sussurrar palavras em teu ouvido,
estimulando-te a ser tudo aquilo
que tu não foste ainda!

Não serei o mais breve possível, pois
meus desejos, para serem realizados,
demorarão muito mais que eu previa!

Farei jus a esta demora, só largarei a tua
anca quando eu sentir os teus múltiplos
escorrerem no meu rígido quente que
te fez mulher da vida, da minha vida!


Pergentino Júnior


* * *

Rasgo a alma

Rasgo a alma e o coração,
rasgo a roupa e a fantasia,
falo da minha intimidade.

Nem sempre há quem escute
com a sensibilidade necesária.

Exponho,
desejos, personagens, decepções
e tudo mais, guardados, contidos
deixo à mostra a transparência d'alma.

Há aceitação e repulsa...
como quem dá a cara à tapa,
mostro o rascunho da minha essência.

Diná Fernandes


* * *
NA FOLHA


Eu busco da poesia, a pena...
leveza.

Eu busco da poesia, o barco
viagem...

Eu busco da poesia, moinhos de vento
sonho...

Eu busco da poesia, cristais
palavras claras...

Eu busco o simples, lua, sol, garças
eu quero o mar.

Não quero o campo, polido
quero ver o grosso roçado...

Eu quero ver o pássaro
tecendo a imagem do quadro...

Eu quero estar pousado no poema,
como numa folha.

DANNIEL VALENTE


* * *
O SEU SEGREDO

Imaginando que seduziria a moça,
o poeta lhe mostrou uma das faces
era a face mais bonita e mais galante
que podia encontrar nos seus disfarces.

Mas a moça, bem esperta, já sabia
que havia ali tal sorte de sorrisos,
que encontrar o verdadeiro era difícil,
pois era esse o que o poeta escondia.

Ele sorria, ela negava.
Ela sondava, ele fugia.

Pelos jardins por onde andava
ela esperava e esperava...

Ele a seguia por onde ia
e escrevia... e escrevia...

Mas seu segredo não confessava...

Das muitas faces que ele tinha,
a mais galante não convencia.
A mais bonita era sem valia.

E foi-se a moça sem o poeta.
E o poeta a perdeu por medo.
A face oculta era a desejada.
E o desejo... foi seu segredo.

Arabela Morais

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2 comentários:

Anônimo disse...

Isso tudo é lindo, vc sempre presente em todas as poesias!

Anorkinda disse...

eu? nem fui destaque! hihi
é uma alegria ter vc abrilhantando aqui!
abraço, Junior