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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * * *
O ultimo sorriso

Deus abençoe aquelas crianças
E ilumine seus sorrisos`
Porque a vida às vezes é dura
Transforma tudo em desesperança

Houve um tempo
que elas não tinham medo da noite
e as sombras não assustavam
porque os anjos por elas zelavam

Hoje o cenário assusta
modificou tudo
pau, pedra, entulho
o ar ficou mudo

Só restou a esperança
que os dias de nuvens
e de chuva sem fim
não magoe mais aquelas crianças

Joseph Dalmo


* * *
Alma Sem Dono.

Solidão é só estar
E não ser...
Se tenho o entardecer
prá contemplar...

Entra pelos olhos
colore as retinas
retira os abrolhos
de minhas esquinas...

Abandono é tingir
a alma sem dono
no azul a fulgir...
Dormir nesse trono...

Olvido é só entrega
a esse vale verde
que nunca se nega
a matar minha sede...

Então... O estar só
não é amargar solidão
mas se largar , sem dó.
Ser gás, ar ; amplidão.

Rosemarie Schossig Torres


* * *
Desertos De Concreto

Olho pasma a desconstrução do horizonte.
Até o meu galo, com asma, já não canta...
Ao longe: uma árvore cai; um poste levanta.
Verde se esvai; não reconheço meu monte.

A cerca amplia o endereço, profana jardins;
engatinha movida pela grana das grilagens.
Ágil sobe e desce; ávida come a paisagem.
Cresce na terra o cimento e some o capim.

Por fim, um apito; aumenta meu espanto.
Fito pegadas cinza sujando o teto azul...
Para onde olho, perto; longe; norte e sul:
desertos de concreto; fica o desencanto.

Rosemarie Schossig Torres


* * *
O Valor de Um Sorriso

Divino clarão que vem da entranha
Que ilumina o vale tão profundo
Só sabe o valor aquele que ganha
Treme alicerces e abala o mundo

Sorriso é um riso um tanto escondido
Camuflado de dengo sutil e manhoso
Que brinca nos lábios assim escondido
Que amanhece na boca tão radioso

Um sorriso é livre quando espalha
Na face tão triste alegria que gera
É lágrima de luz que rola na calha

Sorriso divino daquele que esmera
Que em fatias de amor então retalha
É pérola luzente uma doce quimera.

RosaMel


* * *
Deu branco!

O branco simboliza a paz
Quando “eu” poeta vejo tudo branco
É onde tudo se faz
É uma guerra que travo
E a cada dia um novo alento me traz
Hoje estou ausente dessa guerra
Já nem mato, nem socorro minhas rimas
Nem batalho cada verso
Nem atiro cada sentença
O branco ficou de vez...
Hasteado em minhas
Lembranças!

André Fernandes


* * *
Viver

Quero agradecer a Deus, agora
em oração cheia de fé e amor
pela vida que em mim demora
pela chama que é esse clamor

Aos pés do Criador, se pudesse
deixaria essa minha lágrima doída
traria comigo o calor que aquece
abençoando toda e qualquer vida

Senhor, quanto agradeço a Ti
quanto ainda quero aprender
se confiei sempre, até aqui
é porque me fizeste entender

que Teu amor sempre ilumina
que Tua paz nos dá mais calma
e tudo que a vivêncai nos ensina
é amarmos mais, de corpo e alma

Maria Rita Bomfim


* *
CANÇÃO AFINADA

Me vale a voz afinada
Nos momentos de puro amor
Derramo então os meus versos
Entoados em melodias
Declamo, clamo, amo
Na voz muda do olhar
Toda a paixão do momento
Que dura um tempo qualquer
o tempo exato
entre o primeiro e o último acorde
Até que o sonho me acorde.

Amélia de Morais


* *


Sorrir

É a mais linda representação
Existente em nosso interior
Belo, o não forjar do coração

Pintura do que vem de dentro
Esboçada através dos lábios
Pelas ondas do sentimento

É como o desabrochar da flor

É a espontaneidade de calor!

ღRaquel Ordonesღ


* *
A LUA E SUAS VESTES.

"À noite, a Lua reina soberana,
Em luz, como rainha e cortesã...
Como uma Vênus - a deusa romana -
Baila no céu na imensidão louçã...

Dissimulada, logo se engalana:
De nuvens brancas, veste-se no afã
De se exibir pudica e bem bacana
Aos olhos ávidos dos vários fãs...

Mas, de repente, a deusa se desnuda:
Das níveas roupas, logo se desfaz,
Revelando-se cheia e sensual...

A própria noite fica silente e muda
Ante a bela visão da Lua assaz
Em beleza e nudez, em seu astral..."

J. Udine


* *
Reflexos


Tênues toques do inverno
latejam sem parar

Doces sabores do verão
derreteram
pingaram

evaporam...

Ha um outono de folhas caídas
um alaranjar em minhas feridas

Primavera?
só o ano que vem.


Reflito
Pensamentos
em pirâmides de vento

Cores apenas...
De um calendário
esquecido.

Márcia Poesia de Sá


* *
Bucólico

As imagens que tenho nas mãos
são a minha companhia
(não posso queixar-me de solidão)
há um lago, há sol, há a vida
e o vento no rosto ingênuo que sorri
cantando palavras que já me são melodia

no terreiro um varal riscando o céu
cheio de lençóis brancos dançando
borboletas coloridas beijando jasmins
girassóis sorridentes se bronzeando

há o violão que dormiu com a lua no sereno
envolto de umas tantas garrafas amigas
há a sede pelo torpor da noite no dia
saciada por beijos e beijos mais doces,

há também o abraço e a preguiça
um tapete amarelo completo de flores
e recordações de quando tudo eram só palavras

há uma espreguiçadeira indolente no alpendre
o chamego de um pé que namora o outro
e debaixo da rede os olhos amigos de um cachorro

ao som da sinfonia de pintassilgos e bem-te-vis
(convidados constantes da nossa morada)

e isto é arte, a nossa frente tela aquarelada

um mundo inteiro pra ser só nosso, em nossas mãos posto.

(Yvanna Oliveira)

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2 comentários:

Jota Brasil disse...

Muito bacana gente!
Destaque Para André Yvanna e Raquel, mas sem despresar os outros, todos sensacionais!!!!!!

Anorkinda disse...

Valeu Jota!!!!!!!