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quarta-feira, 17 de agosto de 2011


7º CONCURSO DE POEMAS

PEQUENOS GRANDES POETAS

AS 4 ESTAÇÕES!






A DANÇA DAS ESTAÇÕES


A Natureza preparou em alegria
os passos perfeitos e singelos
da Dança das Estações

Ela executava-os e sorria
exalando os mais belos
aromas das emoções

Em suspiros lançou o inverno
resfriando os ardores
ainda em ebulição

Com raios do sol eterno
floresceram os amores
da primavera em ação

Novamente num compasso
quente, o efervescente
toque do verão

E o vento definiu o traço
do outono iminente
em doce sensação

Assim, a dança continuava
marcando os ritmos
das Criações

A Natureza festejava
sua vida em íntimos
devaneios e devoções

Anorkinda

.


CONFLITO DE ESTAÇÕES

Um conflito de vaidades,
atrito sem sentido;
primavera invade o inverno,
preenche de flores o frio,
decoram calafrios,
tinge mantas, desagasalha
geadas, neve; bem de leve ...

O inverno logo revida,
ataca o outono monótono,
a traição; inferniza a vida,
destrói folhas cadentes,
arranha a vegetação desnuda,
debochadamente sorri ...

O tempo outonal não se conforma
penetra no verão tropical,
desfolha o sol ardente,
inunda o calor, seca as chuvas
da época, despreza praias,
ameniza paixões calientes.

Por falta de opções,
o tempo de estio
bagunça o período floral,
arrebata corações,
canteiros não cantam,
sentem-se tão mal ...

Uma mistura climática,
Torre de Babel temporã,
revolução temática,
confunde o princípe das marés,
desvairado afã,
clima tão mexido ...
pé d'água,
pé de vento,
pé de violeta,
pé de amora,
caos temporal.

[gustavo drummond]

.




As Quatro Estações de Mim...

Em Setembro, primavero-me...
Abro-me em flores
Faço juras de amores
Deixo-me colorir
Com os raios de sol
E Junto aos colibris
Sugo o elixir da felicidade
Sem pressa
Deixo fluir a vida
Em pé de igualdade.

Em Dezembro Veraneio-me
Entrego-me sem pudor aos desejos
Deixo o sol aquecer os meus beijos
Depois me refresco nas águas do mar
Onde a me banhar
Desnudo a alma em versos
Faço de mim o reverso
Nas quentes águas de amar...

Em março Outono-me
Caio com as folhas secas
Renovo-me sem pretensão
Troco minha roupagem
Da nudez faço canção
Preparo-me para felicidade
Nos braços da próxima estação.

Em junho inverno-me
Desvendo a alma em versos
Deleito-me no corpo do frio
Aqueço sem medo o inverno
Aproveito em seus braços
O Cio.

Mavie Louzada.

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MUDANÇAS

A lua cheira a outono
perfume de folhas secas
vento esculpindo nuvens.

Talvez seja hora de mudanças
semear primaveras
pousar borboletas nas palavras.

Como os poetas
que aprendem com a chuva
a melodia do poema,
reinventam o verão.

Talvez seja hora
de um novo ninho, um novo sonho
aprender com a revoada
entrar nos aposentos do inverno.

É provável que no outono
o céu não seja pleno de azul
mas o perfume do luar é outonal.

DANNIEL VALENTE

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