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sexta-feira, 3 de junho de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!

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JÁ FUI PÊGO ASSIM AMANDO

Nas areias do tempo
sem corpo...
sem demora...
sem ida...
sem volta...

Sem jeito...
sem beijo...
sem consideração...
Pela vida afora,
com o coração...

Claudenir

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Aurora

Por muitas noites vazias
Esperei que o amanhecer
Trouxesse outro milagre
Além do nascer do dia

Esperança quase vã
Pois amanhecia,
Mas a minha vida
À meia-luz permanecia
À espera do meu sol particular,
Que veio hoje, ao meio-dia,
Alumiou a noite fria
E amanheceu meu coração.

Célia Sena

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VAGAS VERDADES

Entre incertezas vagam verdades
Que clamam em silêncio
O amor esquecido
Entre escombros da superficialidade
Caos do acaso, comodidade desmedida...
Fantasmas rodam a cama
Assombram o quarto
Em gélidas noites
Que choram silêncio
Demência invade o desassossego
Abrindo brechas de frias verdades.
Em volta o vazio toma conta do espaço
Transborda a solidão dos sonhos perdidos
Encontram-se no tempo presente e passado
Momento exato
Da exatidão perdida.

Mavie Louzada.

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A estranha

Diante do espelho da razão
foi impossível reconhecer-me

Mediante artifícios busquei-me
filosofei, analisei, em vão

Meliante desatino, roubou-me
a calma, incômoda sensação

Doravante utilizarei o coração
como instrumento, valei-me...

é melhor sentir-se do que saber-se!

Anorkinda

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Amar e viver

O que nos abastece a diária emoção,
mundo de diversidades e comoção,
é vigor prazeiroso de nele ser e estar
um leque infinito de opções...
Lugar, planeta, terra e espaço
perigoso a se jogar e aventurar
de fragilidades e muitas intenções...
De mãos dadas, comungamos até do abraço
se amar nos coloca em forte laço,
viver é deixar acontecer!

Anorkinda

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EU AMO

Não faço alarde do amor que sinto,
no meu silêncio
eu amo mais que as flores

Ninguém sabe que eu rezo
para que o amor
seja a maior fartura da humanidade.

Do meu encanto ao ver o sol mais belo
na pele de um cacto

O milagre de um poema
que veste a pobreza, da beleza
que não se vê em nenhum palácio.

Um menino descalço
que se joga nos braços do mar
numa alegria imortal

Então eu penso que digo "te amo"
todas as vezes que escrevo.

DANNIEL VALENTE

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CONTUDO...

As facas dilaceram
Falência dos sentimentos
Rasgam
Cortam
Sangram
Em desatino
No tino da superficial verdade
Dores, temores, descaso, destino...

As facas abrem reais sentimentos
No momento onde a vida
Não está preparada
Estrada, caminho, poeira, mais nada
Nada, além do ermo sentido.

As facas se afiam
Desafiam verdade
Aguçam, invadem sem permissão
Marcam meu corpo
Meu coração...
...Contudo
Não desisto de querer-te.

Mavie Louzada.

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***Pedaços de Mim***

Saudade que dói e lateja é peja
uma dor que corrói e destrói
Foi amputada de mim sem fim
leva o que há de ruim faça motim

Esta dor que estraçalha e desgraça
uma parte de mim que esvoaça
E sem graça retalha frangalhos
a vida é assim amealha retalhos

Seguindo por atalhos e desvios
em busca de agasalhos tardios
Parte de mim que perdi amputada
esta ferida sem fim gotejada

Sangue rubro que escorre e morre
traz-me á boca sabor adocicado
Pela saudade do amor que escorre
em minhálma de ser um condenado.
by
***RosaMel***

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De alinhavos e costuras

Ainda no outro lado,
Fiz o molde da minha vida,
Alinhavei muito bem e, no início,
Onde coloquei a alegria
Da infância e toda a magia
Da vida que ainda é fantasia,
Não deixei entrar a dor
E costurei com amor.


E os anjos me emprestaram a lira...
E a suave melodia,
Deixou o doce sentimento
Para embalar o sagrado momento
De ser criança outra vez.
E deixei as notas lá dentro.


E fui alinhavando as idades, as fases,
Sob o olhar sempre atento
Dos mestres superiores,
Que dariam o acabamento...
Já pensando no livre arbítrio,
Fui deixando aberturas
Nos alinhavos e nas costuras...


Em cada costura guardei um espaço
Para os segredos e os medos...
Noutra parte os meus amores...
Bem escondido ficou o pecado,
Que eu sabia que ia ter...
Mas no lugar ficou manchado,
Para todo mundo saber
Que ali haveria algo errado...

Mas não revelo os segredos,
Nem lhes conto dos meus medos.
Meu pecado eu já esqueci,
No dia em que me arrependi.
Não vou falar dos amores,
(Que os tive de várias cores),
Nem vou mostrar a cicatriz
Das dores que enfrentei,
Nessa vida de aprendiz.

Jane Moreira

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Criando sonhos

Eu queria a maciez singela
De um sol de manhãzinha

A despontar tranqüilo
Por sobre a relva,
Decorando de dourado
Teu dorso, amanhecido

Eu queria o som tranqüilo
Dos cochichos dos pardais

Cantarolando
Por sobre murais de ventos de teus ais

Eu queria a preguiça
Do tempo, a passar muito lento
Em teus olhos de manhã

E um perfume de lavanda
a balançar as redes da esperança
de nossa varanda iluminada

Eu queria também
quem sabe, um som de neném
a ecoar nas paredes do passado

Eu queria um mundo de abraços
De crianças e adultos embalados
De verdades e carinhos
Sem ter fim


Eu só queria um sonho alado!
Ter estado ao lado, quem sabe
Do escritor de risos do destino.

Márcia Poesia de Sá

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MANHÃ DIVINA.

Nesta manhã divina em esplendor,
Eu louvo a Deus por tamanha beleza!
O Sol já beija o orvalho que há na flor;
E os pássaros já cantam à natureza...

Como é belo acordar com tanto amor!
Como é bom sentir de Deus a realeza!
Como é bom na manhã cantar louvor
Ao Senhor que nos doa a fortaleza!

Ao longe, avisto o mar grandioso e imenso,
E quanto mais o vejo, em Deus penso,
Por ver no céu e no mar a imensidade...

Nesta manhã divina, em cor e luz,
O Sol já espelha o rosto de Jesus
Que se irradia em luz e Eternidade!...

J. Udine

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