Tópicos

sexta-feira, 29 de abril de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!

* * * * * * *
IMPOTÊNCIA

Já nem sei quem sou
E pouco importa
Diante da tristeza que perdura
Perdida no espaço de meu tempo
Mistura de saudade e amargura.

Das dores a mais triste e que sufoca
É ver o céu e não tocar as estrelas
É ser mantida com as portas abertas
E ser refém da vida, prisioneira...

A impotência segue amarga e crua
Reveste de nudez meus sentimentos
A noite reluz linda lá de fora
E eu não consigo se quer
Ver as estrelas...

Mavie Louzada.


* * * * *
Tudo o que dizemos

Onde caem nossas palavras?
Em que ouvidos?
Que sentidos elas tomam
nos receptores?

Tudo o que dizemos
se modela
conforme a forma
própria

forjada na vida de cada um

Anorkinda


* * * * *
Poesia verdade

Tenho pra mim
que o poeta
se revela...

Pode tentar
esconder-se,

mas a poesia entrega.

Venho por mim
dizer o que
se anela...

Posso tentar
fingir,

mas a emoção escorrega.

Tenho enfim
a secreta
mazela...

Ouso afugentá-la,

mas a verdade me carrega.

Anorkinda


* * *

A alma ainda dorme

Trago em mim a dureza e a teimosia da pedra
rolo montanha abaixo, corro nas águas dos rios
e assim vou me arredondando e alisando
um dia serei pedra preciosa – só não sei quando

Trago em mim aromas e ramagens verdes
oscilo ao vento, em ânsias de liberdade
há dias em que sou árvore, há dias em que sou flor
a seiva que me nutre tem o tempero do amor

Trago em mim a força e a coragem dos bichos
sigo por dias e noites, pela terra e pelo ar
ensaio amizades, carinho, devoção
dou forma de lágrima ao meu coração

Trago em mim o destino de ser humano
ainda em grades embora busque o céu
em sonhos e em sinas, em verso e reverso
minha alma aprendiz é criança no Universo

Helenice Priedols


* * *

Sonharam

Em silêncio, sem que saibas de mim
Esse amor ainda vive, e é todo seu
É aquele amor tão sonhado, sem fim
Que sempre existiu, entre você e eu.

Na noite, onde a solidão foi cruel, dorida
Pensei em nós, nessa mania de sonhar
E sonhei, como sempre fiz, nessa vida
E no sonho, lá estávamos, frente ao mar.

Testemunha valorosa, foi a lua tão bela
Fazendo a sombra desses dois amantes
Que dançavam e olhavam para ela

Felizes ali eles estavam, como antes
Buscando na poesia, a primavera
Vivendo seus momentos marcantes

Maria Rita Bomfim


* * *
MUDO


Se fosse um silêncio só
- solteiro, estéril e senil -
seria leve a lida e lida seria, levemente

Mas traz consigo o viço e o vício
das verdades absolutamente analíticas
vestidas de forma irretocável
...e ensina

Relativamente mudo
...aprendo

(Lena Ferreira)


* * *
Ah como é difícil

Saber tocar o intocável
Abrir baús empoeirados
Ver voar borboletas azuis
Que por tanto tempo
Pareciam cinza

Como é difícil abrir a alma
Conter as ondas nada calmas
Que moravam em lagos tranqüilos
Até a manhã do ontem

E ver que o redemoinho que as consome
Pode ser um sumidouro
Do sonho!
As levando para o infinito tristonho
Dos baús tão fundos do futuro

Ah como é difícil acreditar...
Após um tempo de descrença
Que as verdades inegáveis sempre dançam
Os bailes mais profundos da ilusão

Ah como é difícil impor a pena
Quando a alma chora, sofre pena...
Geme seus poemas em solidão.

Se ao menos o verde se fizesse presente...
Haveria um horizonte em minha mente
E meu veleiro branco
Navegaria em paz

Mas no fundo poço deste cais
Há apenas duvidas nada mais...

E o poeta voa sem querer
Um vôo chamado seu sofrer...
Por amar, e assim amando...
Se deixar morrer.

Márcia Poesia de Sá


* * *
***Amor Cristalino***

Coração bate no peito ora conflito
nesta dor que angustia na espera
Ao saber que tão longe no infinito
mora um imenso amor de longa era

Esta luz que afaga e envolve a alma
desce em mim assim tão soberana
Vindo envolver com toda a sua calma
com a beleza deste amor que emana

Um amor que entre todas reflexões
vem assim acordar um sentimento
Quem sabe entre todas as paixões
venha encontrar na lágrima linimento

Alma doce és minha gentil quimera
que sofres por aqui não encontrar
A paixão que sempre teve á espera
na doçura que eu não quero renegar

Sois o efeito de um cristal rutilado
divina claridade em transparência
Quem me dera te amar e ser amado
mas de ti só absorvo pura essência
by
***RosaMel***


* * *
Amor Universal.

Lá estou, borboletas no estômago,
voando daqui pra lá, de lá pra cá,
vendo, ouvindo, flanando no amor
de toda a felicidade que transcorre!

E como tal sei que em algum lugar
há outros tantos seres humanos,
vibrando o mesmo e intenso amor meu,
em outras dimensões, plagas ou além-mar.

Nesta mesma sintonia seríamos únicos,
nesta perfeita interação de energias,
encontrar-mo-nos num plano de magias,

onde tudo e todos amar-se-iam em almas
mais que gêmeas, de uma mesma mônada,
no amor a Deus, beleza do UM...perfeitas!

Godila Fernandes

.

Nenhum comentário: