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sexta-feira, 27 de agosto de 2010



PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * *

FRÁGEIS

esperanças
são tão frágeis...

por pouco
deslizam, ágeis

num rio de dúvidas...

Anorkinda



* * *
DA PAIXÃO E DO AMOR
.
...porque a paixão
é como a lua
brilha a luz que não é sua

... porque é sol
o verdadeiro amor
concede aos amantes luz e calor

Amélia de Morais


* * *


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* * *

SEM CORRENTES

Ele era um elo
Ali foi o fim
Cortei o aro em mim

Janete do Carmo


* * *

Coloração

Qual a cor da tua pele?
Branca, negra, amarela?
Isso realmente importa?

O que realmente te impele?
somos iguais nessa aquarela
Que a todos nos comporta !

Qual a cor da tua pele?

Qual a cor da tua alma ?


Eliane Thomas


* *

Pacto
não é paixão

é instinto

essa vontade
de entrar
em sua pele

e fazer cobertor
pro meu espírito

(...frio)

Clayton Pires


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CAPÍTULO

Pensa tudo que quiseres.
Até o que o sonho não pode
e a esperança não deve...
Porque tudo que pensares será pouco
para falar desse capítulo louco
que sua vida
em minha vida escreve.

Mavie Louzada.


* *

INÉRCIA

O vento não venta

A chuva não chove

O canto não canta...

A hora não chega

A porta não abre

O telefone não toca

E eu nessa inércia esperando acontecer.

Mavie Louzada

* *

PAIXÃO MADURA...

Minas meu Senhor,
Minas sabemos de cor...
é carpir nas entrelinhas
o esmero do amor
é tanger na luz do tempo
a cultura e seu sabor.

Minas meu Senhor,
Minas sabemos da cor...
é água cristalina
bebida na cuia
aparada da bica
que brota da mina.

Minas meu Senhor,
Minas sabemos da dor
das lágrimas do ouro
derramadas em seu leito
de preciosas lavras
eternas escravas da ambição.

Minas meu Senhor,
Minas sabemos do amor...
Minas carrega o silêncio de Deus,
em altos brados, pelos sobrados,
na arte barroca, imenso celeiro
impresso na alma, tecendo a calma
pedindo paz para o mundo inteiro.

Minas meu Senhor é escutar alguém gritar:
-Ô de casa e, alguém responder:
-Pode entrar que a casa é sua!
Minas é paixão madura em nossa utopia real.

Marçal Filho & (Lage,Mazéh)


* *

ETAPAS.

Passei só pra dizer adeus
Estou saindo da cidade
Recuso-me a sentir saudade
Não lembro a cor dos olhos seus

Passei só pra fazer um apelo
Estou buscando outro lugar
Recuso-me a sorrir ou chorar
Não lembre a cor do meu cabelo

É assim mesmo, nada demais
E tapas? Nunca mais!

Essa é a verdade nua e crua
A vida é minha professora
Verei folhas varrendo vassoura
E em pouco tempo escondendo a rua.

(LCPVALLE-19/08/10)


* *


PERFUME DE ERAS

Cala a alma, surda a voz
cessando os argumentos
entre o emaranhado de nós
fiapos de constrangimento

Aponta-me o dedo; algoz
desimportando sentimentos
mesmo juntos, somos sós
cultivando mil sofrimentos

Surda a alma, a voz cala
nos quatro cantos da sala
o silêncio manda, impera

Calando flores, que exalam
um perfume amargo de eras
- ouvir a nossa voz, quisera -

(Lena Ferreira)


* *

Sinais dos tempos

Há na face dos anos, mapas de estradas tantas
Corredeiras de antigas lágrimas
Ecos de sorrisos partidos

Há na face dos anos idos
Esperanças de um porvir
Na retina que inda crê
Em um vôo, colibri.

Márcia Poesia de Sá


* *

Quando as palavras são trevas
e silencio é luz


Sentada ali na penumbra emudecida
Olhos fechados, clamor por dentro
Eterno agradecer pela minha vida
Forte tráfego em meu pensamento!

Palavra nesse momento nada diz
Só os pensamentos são entendidos
A procura por dia muito mais feliz
E o meu ser nele, comprometidos

Oro com minha força em silencio
Olhos fechados, tudo é claridade
Essa luz me leva a uma eternidade

Eternidade do meu agradecimento
Eternidade dos pensamentos meus
E o meu eterno agradecer a Deus!


Raquel Ordones


* *

[IN]VOLUNTÁRIO

Meu corpo intacto de você... agoniza...
Meus olhos se perdem no conflito de seu olhar
Minha voz rouca, clama silenciada por seus beijos
Minha boca tenta se controlar.

Meu corpo intacto de você... clama...
pelo toque tênue de suas mãos
pela ruptura da razão
pela audácia descomprometida.

Meu corpo intacto de você... chora...
pela solidão de agora
pelo medo abstrato
pelo pecado sucinto.

Meu corpo intacto de você... treme...
involuntariamente exala instinto
silenciosamente roga
que faça amor comigo!

Mavie Louzada.


* *

NOSSAS MANHÃS

Brilhante é a aura que te veste
na suave luz cobre-te em véu
ornado com folhas de cipreste
que caem sobre ti, vindas do céu.

E de lá desce sobre ti, também
no acordar nas manhãs formosas,
uma coroa bordada de além
com encanto de pétalas de rosas.

Ao trono de Rainha então retornas
quando voltas do sono nas manhãs
e dos olhos, suavemente entornas
a magia que acalma os meus afãs.

Juntos no leito, em mais um dia
somos partes de uma única flor;
versos de uma mesma poesia,
brilhos de um grandioso amor.

Que do Sol nascente acorda belo
e desabrocha na paixão menina,
no nosso ninho farto mas singelo,
iluminado pela Estrela Matutina!

Rui E L Tavares


* *

Espera amor...

Espera o vento que passa na neblina
difusa sensação que me encortina

Pintando só de branco minha retina
em tufos de algodão da núvem sã

Espera que a lua se aproxime
exprime teus poemas com o silêncio

Pois ja te li em negras ondas fundas
num mar de incoerências, tu declamas

Espera que eu te ame em outra vida
Pois esta ja esqueci tua guarida

e hoje sigo o amor, que não pintei.

Márcia Poesia de Sá


* *

Rasa Força


Rasa força é o que suprime
A necessidade de tocar-te
Pensamentos que não se redimem
Com a mesma força em embate.

Persisto no dia, então que se alinhe
A frondosa espera a rugir
Peçonhento medo é o que define
O espaço agrilhoado a me infringir

Não temo, mas sofro este medo, relinche!
Grito que ecoa na multidão
Ninguém ouve, é o que permite
Urrar mais alto meu coração.



Viviane Ramos


* *

PERDOA, EGO


Ah, Ego...
Perdoa se não dei-te
A atenção que necessitas
Passando pelas ruas
Desfilando meu sorriso
Enquanto, acabrunhado,
Na esquina me espreitavas...

Oh, Ego,
Perdoa se carrego a culpa
De uma felicidade em plenitude
Pés de nuvens, voando leve
Esbanjando otimismo
Enquanto, acidulado,
Numa estrela me espiavas

É, Ego...
Perdoa...Me perdoa
Se da vida me encarrego
Em laços e abraços eternos
Pelo infindável Universo
Distribuindo letras pelo vento
Enquanto, estupefato,
Absurdava os outros versos..

Ego!
Desista! não insista
Em querer brilhar mais do que o Sol
Perdoa se te falo dessa forma
Tão direta, sem rodeios, franca
Mas é que aprendi que nessa Estrada
A luminosidade eficiente é a da alma em comunhão
Refletida em atitudes nobres, despretenciosas
Sem alarde, sem anúncio, sem prefixo...

Perdoa, Ego...
Sinto muito se decepcionei-te...

Lena Ferreira

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