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segunda-feira, 23 de agosto de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


* * * * * *

ESCALADA
.
Minha poesia
é um brincar de criança
que corre, ri, faz folia
que cai, chora, se cansa

Minha poesia
é vida de adolescente
onde tudo é alquimia
que sofre tudo que sente

Minha poesia
é mulher adulta
repleta de ventania
e na dificuldade se avulta

Minha poesia
é verso ancião
na cabeça, sabedoria
saudade dos pés no chão

Minha poesia
palavras encantadas
da alma, fotografia
de todos sentimentos, cada
pra minha completude , escada

Amélia de Morais


* * * * * *

Na cor do seu sorriso


Embriago-me de paz
de gozo , de amor
meus sonhos realizo

Revejo minha alegria
meu riso, meu paraíso
matizes de um arco iris

Estrelas brincam cintilantes
no céu de sua boca...
Felicidade, é coisa pouca!


Eliane Thomas


* * * * *

Pérolas aos Porcos

Chafurdai-vos na lama
porcos desvalidos
infames caçadores
de recompensas vazias

Atolai-vos no lamaçal
de restos toscos,
mortas letras
sem sentido
seta, direção!

Catai o grão
do brilho alheio
à meia-lua
madrugada
fria, vento
sem alento
solução

E depois
dessa lambança
pança cheia
vento-muito
arrotai
a vaidade
de colher
o sim
do não...

(Lena Ferreira)


* * * *

PRETÉRITO IMPERFEITO D'ELA

Ela transitava entre os paralelos
crenças e teorias sem elos

Ela dormitava nos processos
criações e mil excessos

Ela violentava todo enigma
vida e falso dogma

Ela atenuava seu imenso medo
morte e todo arremedo

Ela vibrava em vitórias
rotina e livro de histórias

Ela silenciava um infinito
constelações e seu próprio grito!

Anorkinda


* * * * *


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* * * *

HUMILDADE!

Sábios são os humildes
desarmados do ódio,
brandos no proceder...

Por certo,
estarão no topo do pódio
vendo o furor fenecer.

Apenas um doce olhar
é branda resposta
à arrogância vil e dura...

Um sorriso que se posta
afasta o mal para as trevas
iluminando a luz da candura!

Rui E L Tavares


* * *


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* * *

Só queria olhar em teus olhos

E brilhar de novo aquele encanto
que veio de eras e esperas
E sentir o renovo das quimeras
que semeiam um novo canto

Só queria beijar teus lábios

E selar de novo o contrato
que trouxemos das esferas
E trocar as carícias sinceras
que arrepiam no contato

Só queria sorrir teu mundo

E abraçar de novo a vida
que se abre transmutada
E fluir de amor, mais nada...

Anorkinda


* * *

Oráculo da História

Fio invisível, de vindas e idas
Rosário de anos, meses, dias, horas
Fio em que se fiam vidas

Linha na qual se atam
Presente, Passado e Futuro
Guardando eternos mistérios
Trazidos no claro ou no escuro

Folha na qual a história se escreve
Ponto a ponto, conto a conto

Anterior a todas as coisas
Solto em si, liberto no passo
Sem muros, sem chaves, portas
Apressado, lento, além, aquém, no espaço

Ele sim, a própria amarra
Linha na qual tudo se agarra
Estrada por onde todos passam
Cada qual em seu próprio tempo

Traduzido em si
Guardado em nós
Senhor de todas as respostas
Curvamo-nos a vós

Oráculo da História

Célia Sena


* *

PRETÉRITO IMPERFEITO

Ah...Se ele soubesse ler a essência minha
se soubesse dispersaria a maresia;
gotículas de amarguras, densa e fria
e aconchegando-me ao seu peito, diria
-serei navegante em seu mar, constante

(...)

Ah...Se ele quisesse eu não seria minha
e se quisesse, definitivo, me despediria
dessa arrogante senhora; Agonia
que me entorpeceu-eu não mais sentiria
essa insiste enormidão em dor cortante

(...)

Ah...Se ele dissesse: Vem! Sê somente minha!
se sussurrasse ao meu ouvido, me lançaria
na imensidão dos desejos contidos; arderia
em suas rede-braços, minha alma entregaria
levaria à eternidade a imagem desse instante..

(Lena Ferreira)


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DESMISTIFICANDO...
.
Sabe... não fui feita da sua costela
(embora goste de deitar-me sobre elas),
tão pouco lhe ofereci qualquer maçã
pois, sempre preferi uma romã

Sabe... já vivi no paraíso, é verdade
não tenho culpa que por, digamos, afinidade,
em meio a tantos... Adão, José, Ricardo...
tenha vivido, prazerosamente, em pecado

Sabe... você é forte, capaz... até bonito
mas não é uma invenção ou um mito
é, antes de tudo, minha tentação
é, assim como eu, corpo, mente e coração.

Amélia de Morais


* *

FALANDO DE AMOR

No compasso da valsa
Com uma leveza mais leve
A minha alma veste-se
De bem-querer
É tão bom de ver
em mim
Tem o sorriso mais bonito
As palavras corretas
olhar mais marcante
Amor sem conflito
Alvo, meta
Porte elegante
Parte de meu todo
Petálas de toda rosa
Musíca de minha letra
Aroma da manhã
Concreta, abstrata
A medida exata
Manequim ideal
Olhar sensual
Ouro, prata
Veio da mina
Essência feminina
Vestida para amar
Se despe por desejos
se veste com meus beijos
Banha-se em minha poesia
Penumbras da noite raiada
Despertar de meu dia
Amor, amante, amada!

=gustavo drummond=


* *

A LUZ E AS TREVAS

Luz é palavra usada no singular
porque Luz é unidade, comunhão
Trevas é plural, é separação

As palavras proferidas na ira
são trevas, são escuridão
O silêncio dá a mão à razão

E a luz pode se manifestar
em energia de compreensão
apenas pulsando no coração

O desentendimento na pira
que incendeia a discussão
em retro-alimentação

Morre em falta de ar
diante do silenciar
generoso da observação

Anorkinda


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