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domingo, 22 de agosto de 2010



POETA MARÇAL FILHO!


Pedra maldita

Uma ausência na penumbra
Sombra que se dissipou
Uma dança em tango ou rumba
Que alguém redesenhou

A carência sem sotaque
Fez do crack a ilusão
E o desfecho da desgraça
Destruindo uma nação

Uma casta que apodrece
Corpo e mente aniquilados
E no alto dum planalto
Só se ouve, mais escândalos

Um porvir que não condiz
Com o desejo cidadão
E um país que pode tudo
Se enterrando em podridão

Tanta coisa por fazer
Mas ninguém assume nada
Tudo sendo destruído
Com essa pedra depravada

Nas esquinas da injustiça
Ninguém sabe o que fazer
Nossos filhos, nossos netos
Poucas chances de viver

Essa voz que amarga o peito
Grito preso a sufocar
Passa o tempo; correm anos
E nada temos pra falar

Somos mesmo fracassados
Uns covardes mentecaptos
Somos a tal sociedade
Lavando as mãos como Pilatos

Marçal Filho

*Pequenina percepção do Amor*
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O amor não tem bússola de precisão
mas navega mares desconhecidos
e encontra seu destino...
O amor não questiona razões, não é juiz
mas advoga questões e vence...

O amor não aprisiona ninguém
mas, se quiser, se deixa aprisionar
e ri dessa prisão...
O amor é fonte inesgotável de sabedoria
e se perde totalmente entre desejos...

O amor é brisa em tempestade
vulcão afetuoso e brilha
é paz em profusão e queima
o amor define tudo
e não pode ser definido...

O amor é lúcido em altivez e nunca teme nada,
porém é o mais temido...
O amor vence a tudo e a todos e não impõe ninguém
é tudo de melhor e ainda que o pior fique embravecido
pelo amor, sempre será vencido...

O amor é canto de paz na trincheira do inimigo
e quando o desesperado achar tudo perdido
por certo encontrará no seio do amor, o colo mais querido.
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Marçal Filho

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