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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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Quintana e eu no país da poesia

Estive a conversar com Quintana
Dias e tardes alegres
falando de vida, versos e Porto Alegre.
Pairávamos sobre o azul,
distantes do eterno inferno.

Tudo estava belo e certo
Cores vibrantes choviam
sobre um cenário deserto.
Éramos livres !
Éramos livros.

Thiago Cardoso Sepriano


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VIAGEM


Não importa o que aconteça
Mas que permaneça a fé.

O caminho é um só
A viagem é que pode
Ser diferente...

Não há nada mais urgente
Que viver
E viver significa
Doar-se.

Ter o coração livre
Para que ele vá de encontro a fé
Quando o corpo estiver cansado.

Profetizar com confiança
Sempre as mesmas palavras
Para que elas
Não se apaguem no caminho.

Não temer a renuncia
Com consciência
Que ela faz parte
De toda escolha...

Ir sempre adiante
Sem receio
De levantar poeira na estrada...

Praticar o amor
Vivenciar a caridade
Ser humilde em sinceridade
Independente
Da viagem que siga.

Mavie Louzada.


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ESTRELA NUA

Chega de sonhar
com aquele verso
num cavalo branco.

Que vem me salvar
de todos os meus rabiscos.

E me levar para o céu
para ser o noivo das estrelas.

Eu quero agora
a estrela nua que mora nos becos.

DANNIEL VALENTE


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Só posso dizer


Só posso dizer
Que existiram sonhos
Ainda bem que muitos
Para serem vividos.

Só posso dizer
Que foi grande a vontade
E o encontro esperado
Não foi esquecido.

Só posso dizer
Da alegria prometida.
E que a emoção sentida
Foi mais que a aguardada.

Só posso dizer
Da pele quente e suave
Do toque terno firme
Incendiando o espaço.

Só posso dizer
Da luz que vi nos olhos
Do som de acalanto
Que serenou minh’alma.

Só posso dizer
Do gosto que ficou
Da ânsia, do desejo
De ter tudo de novo.

Arabela Morais


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Ciranda Secreta

Do alto dos meus olhos
Avisto o vale que me abriga
Que envolve meus tantos sonhos
E que guarda minha vida

Vejo varais ao vento
Onde balançam meus pensamentos
Pendurados lado a lado
Dos meus todos sentimentos

Percebo ao fundo, o passado
Na sombra de folhas sépia
O presente, esvoaça ao sol.
Repousa no cesto, o futuro, incerto

Branco e extenso lençol
Só não vejo meus segredos,
Estes, estão nas entrelinhas
Escritos em códigos, dialetos

E só brincam no quintal
Quando todos dormem, quietos.
Fazem ciranda e comungam
Em ritual de batismo secreto.

Célia Sena


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Da água em trilhos

Ah...bem que tentastes
reter o curso d'água
meu fluido é livre
não foi possível

Ah...bem que tramastes
deter o curso d'amor
meu grito é longo
não foi possível

Ah...bem que amastes
o período d'horror
em que te concedi
o impossível

Ah...bem que deixastes
uma fresta d'escape
em que me meti
e me fiz invisível!

Anorkinda


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Aurora do sonho

Abre-se a noite
Sobre a tarde que me carrega.
Paro e repouso à sombra de mim
Medindo a extensão do caminho
Nessas terras de sem-fim.
Cerro os olhos e percebo,
O que busco, já me pertence

No sonho que me sustenta
Enraizo meu juízo, que enrama
Estende, enrosca e se derrama
E a clara luz que me alimenta
Perpetua a manhã
Que se debruça sobre a madrugada
Que já não é mais.

Célia Sena


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Alegria de Viver

E o vestido colorido
nem curto, nem comprido
com girassóis, mil sóis
e o sorriso falhado
desdentado, em bemóis
aloprado,cascateado
pela brisa.
Braços abertos
girando, abraçando
o mundo
que em bolhas de sabão
se vão.
Flutuando coloridas
nem curtas, nem compridas
mas redondas, como
espuma nas ondas
que bailam.
Gira roda, roda gira
e a vida assim inspira
alegria de viver
como criança...
Haja esperança.

RosaMel


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A CHEGADA DO POETA

O poeta vem chegando
E consigo a fantasia
Nas palavras cavalgando
Doa versos de alegria

Na bagagem do poeta
Há estrofes de doçura
Embalado está seu pranto
Nos mil lenços de ternura

O poeta, enfim, chega
Pede a todos atenção
Estendemos o tapete
Prá passar seu coração

Quem me dera ser um dia
O amor deste poeta
Acolher esta magia
Da paixão que me desperta.

(Fabiana Mira)


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Reverso!

Meu versejar anda á querer se esconder
mal eu começo ele ja quer adormecer
Está inteiramente mudado
Não tem mais me buscado, e nem se mostra
Para não ser encontrado

meu versejar parece se cansou de mim
Só quer morar na vastidão do sem fim
Talvez renasça com o novo amanhecer
Talvez nem volte mais a me querer

Quem sabe o ache na lua ou na lembrança de voce
Na passarada a trinar, neste bendito sofrer
quem sabe até o encontre numa nova melodia
Mas o verso é sempre o mesmo
Foge de mim noite e dia

Meu versejar ja não gosta mais de ser por mim versado
Cansou-se talvez por ter sido tão cantado
quer novidades de vida quer novo cheiro de mato
Teme que eu possa denovo conseguir aprisiona-lo!


NICE CANINI


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BRANCOS LÍRIOS


Colhi, na madrugada dos meus sonhos
um abraço de brancos lírios orvalhados
em pétalas de ti que tanto me inebriam
e reanimam os meus passos incertos

Colhi as lágrimas de gratidão eterna
por ter-me dado o colo manso e sereno
nas horas mais precisas e urgentes
em que ninguém além de ti me ouvia

Colhi os sorrisos dos dias de euforia
em que tudo era sol resplandecente
e tua Lua brilhava inteira no meu céu
prateando o meu olhar em harmonia

Colhi e aos pés de ti, oh Mãe Serena
depositei a braçada da minha existência
banhei-me em tuas águas refrescantes
perfumando a alma inteira agradecida

(Lena Ferreira)


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