PEQUENAS GRANDES PÉROLAS
* * *
Quem Sabe
Quem sabe não seja a lua.
Essa lua apaixonada por mim.
Ah, quem sabe as folhas da primavera
Que com a maciez caiem no meu corpo.
Quem sabe não seja a bela sereia
Na pintura de uma pedra.
Ah... Quem sabe seja esse amor,
Amor adocicado, amor que mora no coração
E que suspira e que arrepia.
Ai... Quero ser calado pela sua boca,
Com beijo açucarado, apaixonado
E que não diga nada, apenas me beije.
Beije-me.
Loucamente, eternamente,
Para sempre teu rico sol.
(Rod.Arcadia)
* * *
***Noite Escura***
Vem ó noite perfumada e sorrateira
desce por sobre a terra que permeia
a sua luz fulgurante que se esgueira
e tu tão escura em breu sem lua cheia
Apesar de descer assim tão destronada
sem o brilho e a pompa de uma rainha
sem o teu manto de estrelas coroada
és tu ó noite sem estrelas que caminha
Como posso dizer que não te aceito
se é por causa da escuridão que geras
onde eu miro um olhar assim satisfeito
acabrunhado pelas noites de esperas
Brilha pois aqui na terra dos viventes
as duas mais lindas estrelas cadentes
que com seu fulgor assim mormentes
encandescem as entranhas fluentes
E no teu manto franjado envolvente
flutuo junto ao meu o teu ora contrito
e pereço a agonia de um doce instante
onde meu corpo se esvai ao infinito
***RosaMel***
* * *
Liberdade
Se a vida não me consente
A liberdade total da minha ação,
Minha mente já sente
O vôo alto da imaginação.
Eu sou livre
Porque não julgo nem condeno
Sou a alma verdadeira
Que tem a verdade como companheira
Na minha consciência
A liberdade é pura coerência
De direitos e deveres.
Da igualdade, a pura essência.
No meu livre arbítrio,
Sou livre porque respeito.
Não me ligo ao preconceito,
Nem tenho um só conceito.
Liberdade é um direito, não é apenas conceito!
Jane Moreira
* * *
Melhor de mim
Não é percebido
na totalidade
nem na brevidade
sou efemera
fugaz, sagaz
sou mordaz
às vêzes leoa
tigreza , loba
não sou à toa
profunda e densa
propensa a crença
do belo viver
alma lavada
mente inspirada
dos ranços despida
de amor e sonhos
nem sempre risonhos
celebro a vida
Eliane Thomas
* * *
O sorriso de uma estrela
Aquela estrela cadente que voava,
antes que fosse apagada
jogava sorrisos coloridos no ar.
A lua prateada
que beijava os mares,
vestiu-se de nuvens
só para não ver aquele sorriso
apagado em águas abissais.
Carinhosamente a Lua,
solidária, vestiu-se de nuvens
ocultando o seu brilho.
Ah! como eu queria
ter o senso da
cumplicidade da Lua,
e o sorriso colorido
de uma estrela
e a boca de lua
com dentes
branquinhos, branquinhos!
Diná Fernandes
* * *
MAKTUB
Está gravado
em pergaminhos,
eternizado
pelos caminhos,
nascemos para ser unos,
estarmos unidos por almas,
pêndulos de mesmo prumo,
vivenciando turbulências, calma,
residindo em igual dimensão,
estreitando todos laços e fitas,
em interminável conjunção,
o lar, frágil palafita,
castelos imaginários,
anelos consistentes,
dividindo um só armário,
coisas íntimas da gente,
no cofre-forte indestrutível,
onde arquivamos momentos,
um cardume de sentimentos,
antes de ser, erámos,
depois de ser, seremos,
sendo; ultrapassando limites,
amor igual, não existe,
tantas eras, encarnações,
algemados por heras, sargaços,
estrelas de todas constelações,
se petrificando em beijos, laços,
nós; configurados em nós,
malícias de granito,
ousadias em atrito,
assim está escrito.
[gustavo drummond]
.
***Noite Escura***
Vem ó noite perfumada e sorrateira
desce por sobre a terra que permeia
a sua luz fulgurante que se esgueira
e tu tão escura em breu sem lua cheia
Apesar de descer assim tão destronada
sem o brilho e a pompa de uma rainha
sem o teu manto de estrelas coroada
és tu ó noite sem estrelas que caminha
Como posso dizer que não te aceito
se é por causa da escuridão que geras
onde eu miro um olhar assim satisfeito
acabrunhado pelas noites de esperas
Brilha pois aqui na terra dos viventes
as duas mais lindas estrelas cadentes
que com seu fulgor assim mormentes
encandescem as entranhas fluentes
E no teu manto franjado envolvente
flutuo junto ao meu o teu ora contrito
e pereço a agonia de um doce instante
onde meu corpo se esvai ao infinito
***RosaMel***
* * *Se a vida não me consente
A liberdade total da minha ação,
Minha mente já sente
O vôo alto da imaginação.
Eu sou livre
Porque não julgo nem condeno
Sou a alma verdadeira
Que tem a verdade como companheira
Na minha consciência
A liberdade é pura coerência
De direitos e deveres.
Da igualdade, a pura essência.
No meu livre arbítrio,
Sou livre porque respeito.
Não me ligo ao preconceito,
Nem tenho um só conceito.
Liberdade é um direito, não é apenas conceito!
Jane Moreira
* * *
Melhor de mim
Não é percebido
na totalidade
nem na brevidade
sou efemera
fugaz, sagaz
sou mordaz
às vêzes leoa
tigreza , loba
não sou à toa
profunda e densa
propensa a crença
do belo viver
alma lavada
mente inspirada
dos ranços despida
de amor e sonhos
nem sempre risonhos
celebro a vida
Eliane Thomas
* * *
O sorriso de uma estrela
Aquela estrela cadente que voava,
antes que fosse apagada
jogava sorrisos coloridos no ar.
A lua prateada
que beijava os mares,
vestiu-se de nuvens
só para não ver aquele sorriso
apagado em águas abissais.
Carinhosamente a Lua,
solidária, vestiu-se de nuvens
ocultando o seu brilho.
Ah! como eu queria
ter o senso da
cumplicidade da Lua,
e o sorriso colorido
de uma estrela
e a boca de lua
com dentes
branquinhos, branquinhos!
Diná Fernandes
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MAKTUB
Está gravado
em pergaminhos,
eternizado
pelos caminhos,
nascemos para ser unos,
estarmos unidos por almas,
pêndulos de mesmo prumo,
vivenciando turbulências, calma,
residindo em igual dimensão,
estreitando todos laços e fitas,
em interminável conjunção,
o lar, frágil palafita,
castelos imaginários,
anelos consistentes,
dividindo um só armário,
coisas íntimas da gente,
no cofre-forte indestrutível,
onde arquivamos momentos,
um cardume de sentimentos,
antes de ser, erámos,
depois de ser, seremos,
sendo; ultrapassando limites,
amor igual, não existe,
tantas eras, encarnações,
algemados por heras, sargaços,
estrelas de todas constelações,
se petrificando em beijos, laços,
nós; configurados em nós,
malícias de granito,
ousadias em atrito,
assim está escrito.
[gustavo drummond]
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