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quarta-feira, 31 de agosto de 2011



POETA P.VIAJEI!




Às nove despertam-me os mortos, os corpos
as almas sem destino, morada de vermes
as carnes cranianas que estão na loucura
tortura entre vivos, a essência do mal
que isola pensamentos puros, vil desfruto.

Deixai a casa pútrida, logo meu cálido
pai retornará, logo primavera será
e os filhos queridos cairão na presença
do anjo, do arcanjo lívido, tão lúcido quanto
a dor, a maldade, o futuro da vida.

P. Viajei

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NOTURNOS

Vejo que tens um mistério, outro enigmático
segredo, lindo feito sonho e só
revela em desejo, feliz é este homem
Que tem por inteiro o que foi desde ontem.

Esta é a beleza que invalida, toda
A moral humana, até mesmo uma santa
Contem-se dessa ação mundana, límpida
É a criatura mortal, bela e irreal.

Foi-se o tempo onde virgens celestes
Trariam liberdade, agora é lubricidade,
Um ardor sem precedentes, sem destino.

Quero invadir-lhe todo o meu ser oculto
Fúria, gozo absoluto, para assim
Em tudo restar a incerteza que enluto.

P. Viajei

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