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segunda-feira, 31 de maio de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS



CAÇADOR URBANO

Quando saio à caça
Atento às presas
Na contramão das manadas barulhentas
Caminho à torpe procura

O susto me enlaça
Encaro as surpresas
Com meu carrinho de matizes cinzentas
Carrego a pouca fartura

Só durmo na praça
E sem as fortalezas
Meu cão com e suas pelagens sarnentas
Ostenta insana bravura

Humana é a raça
Urbanas as proezas
Recolho papelão nas esquinas violentas
Orgulho em miniatura

Tarcisio Mendes



Correnteza

Eu me aprofundei no mar
Tão fundo no mar...
Queria me afogar
Nas mágoas que você me fez passar

Aprofundei-me, deixei-me levar

Mesmo sabendo dos perigos da correnteza

Mesmo assim, me aprofundei no mar,
De minha tristeza...

Riverstone Pedrorivera

O Meu Tom

Pegando as sucatas das poesias criei essa
Larguei a moderação e o respeito
E com despeito, no bolso guardo minhas mãos
Joguei meus restos nesse papel nada higiênico
Tudo para expor o que há do nada somado ao vazio que sinto

Minha má trajetória não é um mito
É por vez uma solitária que se alimenta do pouco que me faz bem
Tornando meu tormento um pesadelo infinito
Um parasita que no meu corpo habita nesse momento nada zen

Da beleza que há, mesmo no fundo, em qualquer sentimento bom
Passado para o papel de um modo íntimo
Em letras pretas, tortas e falhas
Que almejam transparecer o meu tom.

André Anlub


Com o coração fala o poeta.


Dizem que é triste o poeta
Assim entende quem o lê
Feliz de quem o interpreta
Pois entende o que não vê

Há poemas alegres e tristes
Mas como falar deles
Sem que estejam presentes
Na hora que escreves?

Sentimento vil e reles
De profunda reflexão
Estar na própria pele
É ideal nesta ocasião

Transmitir a outro o que sentes.
Não apenas descreve
Quando escreves assim, mentes
Fala apenas o que vê

Com o coração fala o poeta
Sem jamais esconder uma paixão
É pura emoção: seca, direta
Pouco importa; agrade ou não.

Riverstone Pedrorivero



Correnteza

Eu me aprofundei no mar
Tão fundo no mar...
Queria me afogar
Nas mágoas que você me fez passar

Aprofundei-me, deixei-me levar

Mesmo sabendo dos perigos da correnteza

Mesmo assim, me aprofundei no mar,
De minha tristeza...

Riverstone Pedrorivera

Flor mais bonita

Quando gota de orvalho

Torna-se seu broche


Rozelane Morais

HOJE AO ANOITECER


chovendo estrelas
esparramando luar
nebulosas inteiras
testemunhas sem par

transpiram murmúrios
anseios e burburinho
aguardada a festa
com acordes de seresta

finalmente o momento
almejado ao extremo
enfim doce encontro
consagrado no Tempo


Eliane Thomas

Poesia... Poesia

navego em poesia
em mares bravios
e serenos rios

transpiro poesia
inquieto pensamento
pulsante sentimento

mágica poesia
alquímica maestria
refaz meu fundamento

assino poesia
devaneio fantasia
apraz o meu tento ...


Eliane Thomas

Lute ou aperte o Mute

Um alvo
Se acerto
De longe ou de perto
O dia eu salvo

Uma meta
Se alcanço
Não importa se canso
Eu tiro da reta

Uma mosca
Se alvejo
Mariposa ou percevejo
Afrouxo a rosca

Uma busca
Se completo
Pelo torto ou pelo reto
Ultrapasso o fusca

Objetivo
Se consigo
Superando o inimigo
Mantenho-me vivo

Pobre daquela pessoa
Que vai ficando pra trás
Que sonha com coisa boa
Mas acha difícil demais

Tarcisio Mendes

TRANSPARÊNCIAS

Dos tantos prazeres que traz o corpo
O corpo em si, tão pouco revela
O invisível, ao qual buscam tão pouco
Quando irracionais perante a matéria.

Tantos “te amo” dizem os lábios
Qual deles, é mais que Judas, sincero?
Se querem apenas sexo, os loucos e os sábios
E eu, será que não só quero?

Tantas vezes, juntam-se os seres
E os grandes momentos, não duram um mero segundo!
Outros, ao encontrar o prazer
Poucos instantes... E lhes pertence o mundo!

Tantas noites foram perdidas,
Pelo gozo, pelo sexo, pela dança!
Tantas sensações sentidas,
A quantas, vale um só segundo de lembrança?

Quantos sentem, quantos sujam!
E dizem sentir o mesmo prazer?
Pois a beleza, assim como a vida,
Está nos olhos de quem a vê.

Poeta Urbano

O LUXO DA POESIA


A POESIA É UM LUXO
NÃO UM ESTADO DE ESPÍRITO
TAMPOUCO APENAS UM GRITO
É VIDA EM SEU FLUXO

COM DEUS TER CONTATO DIRETO
SENSAÇÃO DE ALTURA
CONSCIÊNCIA DO SER COMPLETO
SENTIR TODA DOÇURA

NADA PRENDE POR MUITO
NEM O PODE SEGURAR
UM POETA MESMO AFLITO
TEM ASAS PARA VOAR

Riverstone Pedrorivera

CAOS

Causa e efeito,
Movimento, pausa,
Apoucar o defeito,
Dançar salsa,
na elipse.
Minimizar a crise
interna.
Eliminar as elites,
Bagunçar a burguesia.
Enublar pensamentos.
Opniões, palpites,
Isentos de euforia,
Mais de duzentos
temas, teoremas;
teimam em temer.
transes, transas,
aceitar o sistema
vigente. Ânsia
das antas anoréxicas.
Delírios explícitos,
Devaneios sem estética.
Reformular as formúlas,
Reformar a quimíca;
Revolver conceitos,
Para buscar coerência,
No que se diz e pensa,
Se fazer entendído,
Na busca do elo perdido,
Do anel sem compromisso,
fio da trama,
fim do trema,
lama por lema.
(Assim caminha a humanidade!)

[gustavo drummond]

Direto da alma

Tento pôr um pouco de ordem
Na mulher que reflete no espelho
Ela não é igual o que foi ontem.

Não aceito o que vejo na vidraça
Essa figura não é o que vem direto da alma
Nada dela reconheço em mim , perdeu sua graça .

Quem és tu , enfim ?
Que fazes inerte , olhando para mim ?


Ana Maria Marques

INGRATO
.
O que dizer quando tudo já foi dito
nessas letras que tingiram o papel
transfigurando o que era tão bonito
transmutando em inferno nosso céu
.
O que fazer diante do que foi escrito
nessas linhas frias com gosto de fel
amaldiçoo esse meu sentir bendito
ou faço desse seu rascunho, fogaréu
.
O certo é que me ocorre estranho fato:
eu não consigo processar esse vil ato
-desprezar minha entrega tão completa-
.
Penso eu que está sendo muito ingrato
ao recusar minh'alma de amor repleta
onde o Cupido fez sangrar a sua seta
.
(Lena Ferreira)

VÍRGULA
.
Tantos 'por que'
desenhados na parede
tantas exclamações indizíveis
tantos 'senão' subententidos
que o verbo intransitivo
perdeu a conjugação...
.
Preciso de uma vírgula
antes do ponto final
.
(Lena Ferreira)

ABJURAÇÃO

abjuro desta santa que me despe
destas tardes de loucura
desta mão que me esconjura
destes infernos tangentes

abjuro das ilusões carcomidas
das aflições recorrentes
das correntes, das acácias
dos olores multicores

abjuro amores inconsequentes
sonhos permanentes, soluções pertinentes

abjuro, enfim, do azul de todas as fadas
do vermelho destes meus demônios
dos venenos que destilo
e desta estúpida lucidez que me entorpece

(Celso Mendes)


Consumo

Venha! Tu és o consumo do que escrevo
Jamais foi o bem mais ingrato, fui eu...
A quem consumiu da inspiração o enlevo
E quem abusou das palavras pra ser teu

Vens! Tomar da minha falsa ignorância
Consumir a arte da minha total liberdade
És! Sina do bardo, sorver com tal ganância
Escrever o puro, desalinhar sem maldade

No leito da branca linha, farei o impossível
Não importa tal difícil, advir e a ti morrer
Nas entrelinhas o rascunho vira o possível

Sobras apagadas consumidas pelo meu ser
Jamais alimentei a esperança do não passível
Invisível sou eu a quem janta do meu padecer

André Fernandes


DESERTOS


Tento, mas não sei falar de paisagens.
Minhas palavras são uma provocação aos grandes segredos do viver e meus desertos são imensos...

Brancas
salinas
salgam
imensidões
solitárias
onde liberto
uma alma
que persegue
vida
tal água
em verdes
lençóis
bebendo
sol.

Viajo só,
desato o nó,
carrego comigo
o sopro
do nada
e voo entre os silêncios
de uma procura.

A paz que me basta
não é geografia,
é história,
é passado e presente,
uma busca,
o encontro,
equilíbrio.

Atiro-me
sobre
a areia e o gelo,
sob
as nevascas e as ventanias
e entre os arbustos
do deserto
de Taklamakan,
onde,
neste momento,
faço minha morada.

(Celso Mendes)

Craveiro de Amor

No meu jardim interior
tento tirar os espinhos de
uma solidão sem rédeas.

Caminhos a ti
semeiando um encontro de begônia
regando meu querer em sua fragrância.

Meu canteiro tem o seu cheiro
Que é botão de flor de um craveiro.

Ana Maria Marques


ARCO-ÍRIS

Onde está a aquarela
Usada nestas partes?
Beleza sobre-humana
Como os anéis de Marte

E quando se abrem, plena magia
Encanto sedutor solto no ar
Param as borboletas e os colibris
Para ao teu sorriso, virem beijar.

Os movimentos da tua arcada
Produzem o que há de melhor
Não há musa, sereia ou fada
Que comprometa em inspiração maior

O espinho que hoje te machuca
Será a singular flor do teu amanhã
O fel que hoje tu sentes e bebes
Será em maior teor o sabor das tuas avelãs

Tu choras como um regador celestial
Que tens um jardim do Éden sob ti
Mas, quando sorri, arco-íris se formam
Sorrisos! Potes de ouro brotam daí.

Poeta Urbano

Toquem minha música!.

Navego, num rio de notas musicais,
que choram saudades de um tempo
de suaves carícias, num velho violino.
Toquem minha música, ela é presente
a meu amor, a minha linda amasia...
Um bemol tardia um fá solitário,
que reclama de um si fálico nu...
porém minha música clama na pauta
o amor a minha estrela brilhante que
num mi lânguido desnuda-se sem dó.
Pobre poeta, que na clave encontra entrave,
à sua redenção e penitencia sua amada
numa estranha convergência musical...
sinta suave som, sereia...salta, solta e só!
dói doidivana dama deste destemido deus,
miolo mole, matreiro músico, mago místico...
Nossa música é orquestrada pelo Universo,
Na única magia concebível... toquem a música!
OD ER IM IS AL... OD ER IM AL IS..

godila fernandes


MAR REVOLTO

A quem interessar possa...
Que posso eu contra o destino?
Contra o acaso?

Eis que de repente fez-se o encanto
Enquanto o pranto se torna canto
Ou se torna mar
Mar de amor,
Mar de mim,
Mar assim

Mar em que me afogo e não percebo
Onde me rendo e afundo
Fonte de água mansa que encobre um furacão

E quando dou por mim, estou entregue
Envolta por essas águas que desconheço
Das quais não havia provado
Fonte de desejos inconfessáveis.

Aqui me encontro
Etérea, eterna, imortal...
É essa a sensação.

Mas a imortalidade me apavora.
É insensatez ser imortal sozinha.
É estéril amar sozinha
Diante dessa descoberta
Decido que o destino não vai me governar.

Resisto a todos os sentimentos
Desisto das sensações e dos arrepios
Sinto a dor de deixar tudo pra trás
Mas volto para o convívio entre mortais

Onde os sentimentos podem não ser tão intensos
Mas, com certeza deixam cicatrizes menores.

Ainda assim, deve-se arriscar ao menos uma vez.
Não há arrependimentos.
O que há são lembranças, marcadas na carne.
E a certeza de que sempre vale à pena.

Célia Sena

Amor e a Poesia, Poesia e o Amor

Frio intenso como nos pólos
O calor das mais altas temperaturas
De rachar todos os solos
De congelar qualquer clima

Mais escuro que a pior cegueira
Tem a claridade da explosão nuclear
Saem das bocas, vomitam besteiras.
Somem as palavras, perde-se a rima.

Olho no olho, dente por dente.
É coerente que os opostos se atraem
Na beira do abismo, um passo à frente.
Mergulho fundo, é que só o amor constrói.

No amor e na guerra vale tudo
Na poesia não é diferente
Todos os três fazem parte do meu mundo
Basta ter sabedoria e não ser prepotente

Batendo as asas as rimas voam com paixão
Fogo, explosão e resfriamento
Devagar pousa na imaginação
Leitura, viagem e contentamento.

André Anlub

FÁSICA

Sei-me fásica
E essa ciência
- embora aponte
um mar de
inconstâncias -
é meu alento
argumento
instrumento
para que eu prove
sem constrangimento
o gosto de todas as luas

(Lena Ferreira)


Quando o amor vira saudade


Primeiro arde o peito
queima a alma, em chamas
a vida abrasa com efeito

O fim de um relacionamento
ainda apaixonado, é intenso
a vida vira insano tormento

Depois um vácuo se instala
esfria a alma, em neblinas
a vida congela e se cala

O tempo venceu o desespero
mesmo que a duras penas
a vida perde seu tempero

Por fim, um sorriso vem
invade a alma, em danças
a vida renova seu próprio bem

O coração se remenda
em fios de auto-estima
a vida segue sua senda

quando o amor vira saudade

Anorkinda

Remendos

Se meu coração partisse
seria triste esta cena
cairiam de dentro dele
tantas poesias e lendas

Se meu coração partisse
eu perderia você
que dorme tranquilo lá dentro
sabendo que nada pode acontecer

Mas o que fazer?
usar a cola de bom senso!
já comprei lá na cidade

Dar uns pingos de perdão
dizem que parece solda!

Cola tudo na mesma hora
fica assim tão bonitinho...

Depois, um banho de verniz de amor
pronto, ele assim...
fica novinho.

Márcia Poesia de Sá

.
VERSO ADORMECIDO
.
Nascido de uma Lírica mãezinha,
o Verso adormecido em seu berço
recebeu a bênção da madrinha.
Ganhou do padrinho, seu primeiro terço.
.
-Parecido com o pai, disseram as tias.
Poema Inteligente era zeloso,
agradeceu o milagre sem ironias.
Beijou o rosto do filho mimoso.
.
O pequenino verso, inocente
sequer sabia ser ele vidente.
Ele leria almas e mentes!
.
De fina ascendência poética
ele derramaria, cheio de ética
a mais sublime das dialéticas!
.
Anorkinda

SOU EU?

Sou sim, de fato,
O meu último ato
Quase perdido...

Sou eu um deserto
De rumo incerto
No vazio esquecido...

Sou ainda pequena
Na anciã plena
Que crê na vida...

Sou o sorriso triste
Do amor que insiste
Em abrir a ferida...

E sou eu que digo
Ainda crer no amigo
Pra não morrer só!

Telma Moreira

Feminina é a Nova Era.


Somos aladas,
em pleno azul,
buscando o eterno.
No realinhamento,
somos o amor,
como um profundo mar,
escuro ao fundo,
em brumas, por fora.
Somos a única canção,
na pauta celeste...
Afloram-se nas mudanças,
as novas áureas cores,
de um Cristo humano,
de um Cristo gêmeo e
uma eterna chama de um
forte Cristo feminino.
Madalenas em profusão,
como a aura sobre a verde
campina, não mais declinam.
Agora, mais do que nunca,
volitam, aladas poetisas!

godila fernandes

Dias Indecisos

Dias indecisos
Tecendo loas
procurando uma saída
prá vida sem graça...

Examinei as paredes da consciência,
Evidente luz,
Sem pó algum!
Indigestão de idéias...

Veio-me o sinal
de vida azul!

Sair por ai
Errar, acertar...
Sem, contudo, tornar-me
um ser envilecido.
E se alguém perguntar
quem sou, direi que...
Sou apenas um viajante!

Diná Fernandes

Dom sagrado

No princípio não lia nada
E nada me avalia
Não sabia o que algo ser
Muito eu via pelos cantos
Quintana e suas crias
Nem mesmo eu sabia
Que destino iria ter
Já ouvi de nome Leminski
Transgressor, de fato!
No início não sabia nada
Quanto indício foi me dado
Pra aprender com esses mestres
Que eu tenho um dom
Sagrado...

André Fernandes


Tão aqui e tão lá!.

Olho-te e minha visão se turva,
branca névoa espalha tua imagem amada,
diáfana cortina nos separa no infinito amor
e lágrimas saudosas rolam de minha alma...

Quero tocar teu rosto gentil e infante coração,
porém o véu da distancia que nos separa no além,
impede-me o ato e o tato e lágrimas trôpegas,
sem compasso, dançam só na imensidão...

Quero sentir a energia que nos moveu sempre,
mesmo no éter de diáfano dia, ver-te, sentir-te,
olhar direto em teu coração cristal e amar-te!

Quero um novo amanhecer, quero Samuel te ver,
quero Miguel a nos proteger e o Universo conspirar,
num único sopro do amor uno divino, concluir de fato!

Godila Fernandes

EU SOU

Sou como o pensamento vago,
Desencontrado da imaginação
Perdido à beira de um lago
De tristeza e solidão

Sou como a estrela distante
Que tanto insiste em brilhar
De tanta luz, quase se apagando,
Mas, devido à escuridão, não se deixa apagar

Sou como a flor nascida
Fora da sua própria estação
Vivendo de sugar a vida
Morrendo por não ter uma real razão

Sou como o veneno frio e forte
Curando-se de matar...
A sua própria existência...
No coração de quem se deixa amar

Sou como o desejo ilimitado
De dar à sorte numa paixão
Sem querer saber que apaixonado
A vida é simplesmente... Uma ilusão!

Poeta Urbano

Ilusão

Num pedaçinho do chão
Preciso de um lugar certo
Para abrigar o corpo físico

Enquanto o coração
Que ignora detalhes
Voa de mão em mão

Quisera que o amor
Não fosse como um navio
Singrando mares incertos

Portos inexistentes
Atracando em cais escuro
Bate de frente com o nada

Não encontra a saída
Mergulha no mar da ilusão
O indisciplinado coração


Diná Fernandes



Que sei eu a respeito de ser sã?
Logo a mim perguntam?
Eu, de sanidade nada sei.

Insano é o amor que sinto.
Não me envergonho e também não minto.
Porque nele me sacio.

Sanidade é estado de lucidez
Eu, alucinada que sou, mal raciocino.
Ando doente de paixão.
Mas, a cura?
Cura não.
Quero mesmo é overdose.
Sanidade?
Deixem-na aos céticos.

Célia Sena

QUEM SOU?


SOU MOÇO
SOU VELHO
SOU PALHAÇO
SOU BELO

SOU BONECO
SOU GENTE
SOU AMANTE
SOU CRENTE

SOU A VIDA E A MORTE
SOU O AZAR E A SORTE
SOU POETA SOU REPENTE

SOU TUDO ... rsrsrs

ATÉ QUE'U AGUENTE


pedro costa

O prazer

Entre soluços e sussurros o prazer!
Despretensioso usurpador do fato
Eis que a cama a batalha seu lazer
O momento único... A chama o ato

Entre gracejos e dizeres a certeza!
Cuja palavra revela somente ais
O seu par sussurra a sua grandeza
E o soluço da moça não para jamais!

Ah! Entreabertos ou fechados qual!
A dança dos corpos... Feito pintura
O suor lânguido nos dois sem igual

Precede o grito a fala! É partitura
O tom, semitom a nudez fenomenal
Soluço e sussurro, prazer! sou lisura.

André Fernandes


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