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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!


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DA INUTILIDADE DO VERSO

Ah, verso inútil...
Afasta-te de mim!
Rondando minh'alma
- Noite e dia -
Ansioso a saltar pela boca
Em gritos estridentes
De declarações sofríveis...

Atente aos fatos!

Não vês que a eloquência
Silente, em insolente afronta,
Não perceber-te-á - jamais -
A intenção primeira?

Ah, verso inútil...
Afasta-te... Imploro!
Pois, mesmo que o inusitado ocorra,
Admitir o teu intento seria permitir a abertura
De um caminho que não tem esquinas...

(Lena Ferreira)


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Sutilezas do Amor


No tempo em que me amaste
Foste senhor dos meus belos instantes
Em caminhos , carinhos mil ; colhi tuas sutilezas
Na cama , suor e vinho , versos das minhas malícias.


Suspiro em outro ritmo , só em pensar
Eu , tua coadjuvante , nossos momentos..
Ser amada por ti , o teu olhar
Surpreso , dengoso , gostoso , teus beijos...

O aroma do teu gosto
Guardo em substância do teu sobejo
Em lembranças do nosso último beijo.

Apanho um raminho de alívio
O meu amor ainda se encontra em você
Feito de lodo e maresia de silêncio .


Ana Maria Marques


* *

Soneto do intenso segredo

Qualquer situação em que se encontre o coração
Situa-se no íntimo sentido do peito
Madrugada, inverno das sensações,
Mudança constante de estações...

Qualquer que seja a minha oculta intenção
Está em harmonia de causa e efeito.
Madura, tenra em suas aspirações,
No vinho que verte às provações...

Calculo distâncias de lábios e línguas
De mãos e de nuca, distância dos corpos...
Nós que nos prendem em nós.

Permea-me a alma o fogo dos sós,
De intenso e infindo, o calor dos fogos
Deixam-me juízo à míngua...


A.R.S.


* *

INS(PIRO)-ME

.
Difere-me
pelo verso
-sereno-
.
Difiro-te
pelo inverso
-tão pleno-
.
Defere-me
silêncios
profanos
.
Defiro-te
versos
insanos
.
Refere-me:
letras de
duvidoso
gosto

Refiro-te:
ventos que
gritam o
oposto

Resfria-me
com lágrima
crescente

Resfrio-te
com verso
indecente


(Lena Ferreira)


* *

PORTO-SOLIDÃO
.
Lanço-me ao mar
-Embarcação vazada-
Em busca da luz faroleira
Sem êxito...
.
Lançam-me peixes
De escamas reluzentes
E tão duras quanto (...)
.
Pesco, pesco; pesco
Com ísca de vento
-Ventania-
E aporto num inseguro porto
-Solidão-


(Lena Ferreira)

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