Tópicos

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011



PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!



* * * *
Alívio!

Oque me alivia as dores
È ver meus filhos sorrindo
Ou uma mulher parindo
Nova vida novas cores

è ver meu jardim florido
Meu cachorrinho latindo
Amigos; sempre bem vindos
E a bela manhã surgindo

Ouvir a chuva batendo
em um telhado de zinco
È ter calma , paciência
Com tudo que não entendo

È procurar não ferir
companheiros de jornada
por ter plena consciência
Que aqui não somos nada

Não falar da vida alheia
Sem pleno conhecicimento
Que se não posso ajudar
Não dar razões pra lamento

Mas o que me sara tudo
Nessas mazelas da vida
È saber que o tempo é médico
E cura todas as feridas

Ouvir o trinar de um pássaro
Manhãs em minha janela
Amar sem acepção
Restaura meu coração.

Caminhar em linha reta
Ter tudo oque preciso
E poder agradecer
De ter voces como amigos.

Nice Canini


* * *
AQUÁRIO/PEIXES

As sereias que brincam no aquário
no paraíso azul de bolha e tranparência
soltam seu canto eloquente e vário
num mundo de beleza e iridiscência.

E o sonho líquido dissolve-se azulado
como anilina aquosa de pintar os peixes
e os segredos dos versos encantados
no cesto de guardados forma feixes.

Mas as sereias cantoras sobrevivem
na lâmina perfeita do horizonte
Onde gaivotas tomam sol depois que dormem.

O olhar verde da sereia pacifica o oceano
sem pegadas atlantes ao catar conchas
para o colar dos ciclos que fecha mais um ano.

Gladis Deble


* * *
Ablução poética

Limpo minha casa tal como meus poros
Lavo minh´alma improvisando poesias
Os versos me vêm, e eu os ouço sonoros
Perfumo meus sonhos com suas alegrias

Enxugo as mágoas sempre que choro
Retiro a poeira das minhas fantasias
Ao término, para interceder, eu oro
Pedindo que sejam limpos meus dias

Água que lava e leva embora a tristeza
Chuva de prata de um banho de lua
Minha pele suada ao te ver toda nua!

O sol surgindo em sua extensão é claridade
A imaginação me empoeira em loucura
A minh’alma limpa meu eu em brancura!

Fabio Granville / ღRaquel Ordonesღ


* * *
As reticências das ideias

Perverteram-se em meio à festa
das palavras, um rebuliço!

As reticências em desalinho
mal se viam nos espelhos...

E o poeta, atarantado,
queria por ordem nos pensamentos!

Misturaram-se os pontinhos
de tal forma no enredo

que a fantasia nunca mais
acordou-se para a realidade!

Anorkinda


* * *
Não passamos em vão!.

Há no Todo um Omniverso de sistemas,
Como se imagem fitasse outra imagem,
e ambas espelhassem milhares iguais.

O sistema no grão de areia cristalizado,
atravessa eras recebendo dos ventos,
sua identidade, onde gerações passarão!

Espelha-se nestes mínimos cristais de quartzo,
uma infinita vivência necessária ao crescimento
daquele que um dia transformar-se-á em pedra.

Assim são os sistemas uns mais duradouros,
outros precisando menos tempo de vida e,
outros ainda de impermanente eternidade.

Godila Fernandes


* * *
Pousam as palavras

Depois de voos insanos
pelos vales do pensamento

Depois de viagens amigas
pelas verduras das folhas

Depois de refrescarem-se
nas águas limpas das emoções

As palavras pousam...

Pousam e suspiram poemas
pelos vãos do sentimento

Pousam e transpiram medos
pelas feridas e bolhas

Pousam e instigam filosofias
arrebatamentos e canções

Anorkinda


* * *
ATerra(dores)!.

Nada há que seja belo,
como belo outrora fora,
quando a dor desnuda
o Pa(de)cimento!

N'alma cortada por agonia,
lança uma última visão vazia,
além da vidraça dos olhos...
Olhos (dor)mentos!

A visão tétrica da morte aflora!

Uma depressiva lua minguando...

Godila Fernandes


* * *
Solidão Sem Susto

Uma solidão sem susto ,
esteio , escudo da alma;
proteção por tempo justo.
Ao redor reina a calma...

Era só isso que queria...
O silêncio desatando nós
do sonho, renovar alegrias,
postas ao sol, tirando o pó.

Seu mundo, longe de tudo;
em paz, sem interferências,
consigo em sossego mudo;
ego liberto ; transcendência.

Rosemarie Schossig Torres


* * *
Improviso

quando sua alma toca minha alma
quando suas mãos tocam minhas mãos
quando seu corpo toca o meu corpo

harmonia, melodia e ritmo
modulam perfeitos movimentos

às vezes tocamos
um noturno
em que um chopin se reconheceria

às vezes tocamos
uma sinfonia
de deixar qualquer beethoven com inveja

e não há ensaio – é sempre um improviso...


Helenice Priedols


* * *
Caminhos do amor

O coração foi machucado,
O orgulho foi pisado,
A dignidade ferida,

Não se encontrava a saída...

O amor esgotado...
O sentimento apagado...
A vida vazia...

Não mais encanto, nem poesia...

O tempo, que cura, o tempo amigo,
Passa e leva a mágoa consigo,
Abrindo o caminho para a esperança...

Vislumbra agora a estrada que o espera...

E o coração, outrora machucado,
Agora já curado e cicatrizado
Muda seu norte, vira, outra vez, criança...

E pede passagem para a esperança...

Jane Moreira

.

Nenhum comentário: