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sexta-feira, 18 de março de 2011

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!

* * * * *

Rede social

Minha rede tem corda
Tem embalo que deita
Minha rede me acorda
Acalenta e me ajeita

Minha rede é social
Tem pra um e até mais
Minha rede... Jamais!
Será organização virtual

Minha rede tem carinho
Não tem foto nem nada
Minha rede é meu ninho
Minha nobre morada

Minha rede é um lar
Onde o corpo descansa
Minha rede é amar
Esse que não cansa

Minha rede é neural
Pra muitos um sossego
Minha rede não é banal
Tem calor e aconchego

Minha rede social é assim
Não liga e nem desliga
E nunca tem um fim
Mas sempre terá liga

Minha rede é “emblemática”
Misteriosa e surreal
Minha nova temática
Rede social mundial

André Fernandes


* * * * *
Sou


Sou gelo.
Sou brisa do mar no amanhecer.
Toco-te. Sinto o teu calor.

Sou fera faminta.
Sou leão ao norte.
Sou colméia pra você saciar o mel.

Eu queria ser profeta.
Talvez eremita.
E morar no alto da montanha.

Uma casinha de sapé, bem aconchegante,
De fogão a lenha, ter cabra e vaca,
Ter porquinho e periquito.

E lá no alto da montanha,
Quem sabe meus dedos toquem a ponta da estrela,
Quem sabe não viajo na calda do poema.

Eu sou rio.
E deságuo no teu leito.
Toco-te. Há substancias no teu amor.

(Rod.Arcadia)


* * * *
Segue


Entre um susto e outro
Existe um sorriso de criança
Uma flor que desabrocha
Uma folha que balança

O palco permanece
E a vida segue
Em eterna dança

É preciso agradecer
Pela espera
E a esperança.

LCPVALLE


* * * *

CHUVA

Chuva que lava toda a impureza,
Chuva que traz alegria à plantação,
Vem, lava os pecados, devolve a beleza,
Lava as mágoas do meu coração.

Chuva que traz alegria à natureza,
Chuva que ameniza a polição,
Lava as marcas de feridas de rudeza
com que tratam teu nobre chão.

Chuva, que é dos pecados a rendição,
Aumenta tua dose lá no sertão.
Mas chove devagar, bem fraquinho...

Chuva, alegria do tigo que faz o pão,
Limpa a poeira, clareia meu caminho.
Faz desta súplica a tua canção.

Jane Moreira


* * * *
Chama

Chama é a abrasadora paixão,
Chama é o desejo no olhar...
Chama é a ardente intenção.

Sublime é a mão a afagar,
Sublime é a doçura de um perdão...
Sublime é a lagrima a rolar.

Sublimes são os sussurros de amor,
Que queimam sem aflição...
Sublime é amar sem temor.

E é sublime a chama, que a queimar,
Resulta do amor em linda canção...
É chama que arde sem machucar.

Jane Moreira

* * * *

AUSÊNCIA

Não Sinto...
Não Sei...
Não Minto...
Omito um tanto talvez...
Do que não sei se deveras sinto
Ou se tudo é insensatez.

Sensato
Sem tato
Sigo...

Cego
Não me permito ver
O que de fato preciso
Meu inexato querer...

Da lucidez ao perigo
Da loucura ao imediato
Do imediato ao ambíguo
Silencio, omitindo os fatos...

Não Sei...
Não sinto...
Não Minto...
Prossigo...
...O sigo - calado.

Mavie Louzada.


* * * *

És meu abraço

Em ti descanso
em tuas asas de luzeiros
Ah... me embriago em tua presença
fluida nos perfumes a exalar

Em ti aporto
em teu abraço revigorante
deliciando-me com tua voz
de amor em gritos e suspiros

És o embaraço da alegria
o anjo que me guarda no coração
Ah... és a pétala da flor mais linda

És a estrela guia
do amor, o encontro em mim
da lágrima com o sorriso
em lábios carmim

Anorkinda


* * *
Adiemos....

Olho dentro do vazio,
tão distante quanto ausente,
encimesmado com a saudade
que reflete tua partida, anjo!

Dissabor de vida, perder-te,
é como perder também a alma,
a luz que acalma, que embala,
que afaga meu ego entristecido.

Ai de ti, amor bandido, triste sina,
partes levando contigo minha vida,
deixas comigo triste e amargo fim.

Ainda, cabisbaixo sinto tua partida,
Ainda, pouco a pouco revejo minha vida,
desânimo da vela que extingue sua chama.

Godila Fernandes


* * *
SEM MEMÓRIA.

É de um tempo sem memória
que meus versos vêm
voando ou galopando os ventos

Refazendo minha história
meus versos prevêem
deslizes ou felizes passatempos

É de um tempo sem glória
que minha lira vem
andando ou navegando os virtuais

Estrelecendo a história
a lira é vai-e-vem
de matizes e aprendizes siderais

Anorkinda


* * *
Paixão a La Viajei

Vago pelo raro olho tristonho
o infeliz é infeliz em seu modo
conceber essas lágrimas turvas
de alegria.

A tristeza também eterniza
a vaidade, e se é presença alva
enrubesce com teu silêncio,
tuas palavras distantes e inválidas.

Claro que louco, logo poeta
apenas sigo essas descobertas,
pois o lúcido é mais louco que a razão
e a perversão é o nosso amor.

P. Viajei


* * *
Canção de Ninar

As cores passeiam em meus olhos
Maculam o papel incolor
Com seus rastros arco Iris

As palavras se emolduram
Em tela e querem mais...
Querem ser canção

Não uma canção qualquer
Uma canção de ninar
Ninar a alma do poeta

Com suaves acordes
E nessa cumplicidade
Chove poesia!


Diná Fernandes


* * *

"O Big Bang é poesia
Segundo os cientistas
é a primeira de que se tem notícia
e veja só como cresceu
Cresceu tanto que hoje acomoda
você e eu."

LCPVALLE


* * *
AMOR

Mar de definições imprecisas
Ora sustenta o mundo
Ora um poço profundo

Cristal bruto
Pedra lapidada
Tudo ou nada

Ata...Desata
Fere...Mata
Gera vida...

(Lage Mazéh)


* * *
ENCRUZILHADA

Seguimos juntos até a encruzilhada
Ali rompemos os laços
Estreitos laços
Finos laços
Frágeis laços

Ainda sinto seus olhos nos meus
Sigo encantado e distante

Sentes, eu sei, meus olhos tristes
Sobre os teus, que fugiram pra nunca mais

Amélia de Morais


* * *
MINHA MINEIRICE

A criança mineira assim que nasce
Se apresenta ao mundo com a meiguice
De balbuciar ao invés de papai
A estranha palavra Uai!
Espia o mundo disconfiado
Óia de cá , óia de lá e pergunta:
- On qui ô tô ? On qui eu vô ?
Mal sabe que vai embarcar num trem.

Ô trem bão sô!
Tamãe dum coração
Cabe o mundo e
Todo mundo!

Mundo de montanhas
Que carrega a gente para o alto
Sempre alto,cada vez mais alto
E dependendo do salto
Caimos nas asas de um anjo
Recebendo dele um abraço
Ou damos de cara com Deus
Que nos oferece o regaço.

Aí a mineirice se instala
Como um perfume que exala
Tomando conta da sala
Nesse instante tudo se acalma.

Em silêncio,ao Senhor,
A gente então agradece
O aconchego que um lar oferece
A beleza do céu quando anoitece
O grão que cai no chão, feito prece
E o milagre do pão acontece
Que a verdade aqui seja dita
Eita que terra bendita!

Terra de Mil...tons do tempo
na música
na história
na arte
na poesia
na alegria que contagia.
Ser mineiro é ser assim
Limpin...Quetin...Amiguin...

Na cozinha
Frita o ai no ói,bem fritim
Cuidando prá num espirrá nos óio
Mexe bem um anguzimn
Prá cumê com torresmin
Da cachaça bebe um gulim
Sobremesa é rapadura
Com queijim de meia cura.

Se você chega a qualquer hora
Ô de casa! Vai gritando de fora
Pode entrar que a casa é sua
Cafezin e pão de queijo sem demora
Tá na mesa com certeza,qui beleza!
E à criança que perguntou on cô tô
Respondemos bem alto e preciso
Você agora está num paraíso

Isto é minha mineirice...um tema
Estado da alma...Quase um poema!

(Lage, Mazeh)

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