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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS DA SEMANA!



“A jornada”


... E quando fecha os olhos
Relembra os acertos
Os momentos
Os passeios
Os companheiros

Quando acorda
Relembra da mamadeira
Dos doces
Da escola
Da primeira flor
Do primeiro amor

Quando canta
Inspira paz
Joga ao vento amor
Sente que é capaz
De superar qualquer dor
Se sente forte
Sem medo da morte

Quando ama
Ama sincero
Ama sem loucura
Ama profundo
Ama quieto
Ama todos os dias

Quando vai embora
Lembra do cheiro
Das violetas na janela
Do aperto de mão sincero
Da praia linda arquitetada
Dos irmãos especiais
Da vida linda que conheceu
Das experiências que viveu
Da sorte que mereceu.


Adriano Ota



ÚLTIMA FANTASIA

Eu já fiz chover estrelas
em minhas noites mais escuras,
já venci milhões de monstros em batalhas singulares,
cavalguei léguas a fio nos mais áridos terrenos
só pra poder salvar o mundo.
Mas os sonhos insistem
escoar pelos meus olhos,
enquanto a mágica enfraquece
a cada canto do cuco na parede da sala.

Não espero mais
que o sol caia a meus pés
em meus entardeceres;

queria apenas pegar a lua
em minhas mãos
para brincar uma última vez.

(Celso Mendes)



A tecelã e o trovão

Uma pequena tecelã
vivia a tecer sonhos
com suas mãozinhas
e olhos tristonhos.

Ela tecia num afã,
sem piscadela,
um lindo amanhecer
de faíscas amarelas.

A pequena tecelã
sorria ao tecer
o céu azulado
e as pradarias.

Uma chuva vã,
num certo dia,
assustou a moça,
tremeu ventania.

A tímida tecelã
não podia ver
o céu em fúria
e a escurecer.

Em loucura sã
ela suplicou.
O forte trovão
lhe percebeu

frágil tecelã
em desespero
que tecia o céu
com tanto esmero.

Enviou sua irmã,
a luz-relâmpago,
para iluminar-lhe
um simples recado:

'Acalme-se tecelã
sou passageiro.
Vou embora logo
deixo-lhe o cheiro

da terra terçã
tão acostumada
aos ciclos mutáveis
de febre depuradora.

Querida tecelã,
vou-me agora,
volte ao teu céu
límpido em aurora

e eu como um ímã,
em magnetismo,
te amarei nesta
distância de abismo!'

Anorkinda



PARAÍSO

Paraíso é toda a esfera
do ambiente em que vivemos...
E nem sempre percebemos,
a beleza que ele encerra!

É nas luzes da alvorada,
ter o sol que acende o dia...
E os acordes de alegria
no canto da passarada!

É ter das flores, perfume
da brisa mansa, o roçar...
E em noite escura, o luar
e as estrelas como lume!

É ter das águas, frescor
que banha a terra sedenta...
Ter os frutos que alimenta
como prêmio, ao seu labor!

Ter os mares, ter os montes
chuvas, ventos, tempestades
ter os campos e as cidades
o infinito e os horizontes!

Ter a fauna e a flora amigas,
e a ciência que orienta...
Ter sonhos que a alma fomenta,
cores, notas e cantigas!

Isso tudo é um Paraíso
que o Criador nos legou!
Mas o Homem o estragou
por falta de amor e juízo...

E vaga agora à procura
de um paraíso perdido,
que lhe faça redimido
e lhe traga à alma, a cura!

Starassiuk - 21.02.2009



"ÉBRIO"

Diminutas partículas de tempo
agitam-se e aglutinam
no útero da mãe eternidade...

Fogos!
Alvoroço!
na ampla bola azul da maternidade...

Ele chega, vem garboso e falando
nas previsões dos profetas
nos versos líricos dos poetas...

É lindo!, É saudável!
corado como qualquer criança
traz da placenta resquícios de esperança...

Ébrio, das lágrimas que chorei
ergo-me e saúdo o novo ano que chega
tropeçando nos outros anos do meu cansaço...

Vem projeto de tempo!
vem te somar à minha vida
e levar de mim mais um pedaço...!

Rui E L Tavares


FLORES DE PAPEL DE POESIA
.
Somos norte e sul
Somos jangada e minuano
Somos vermelho e azul
Somos portos, gaúcho e pernambucano

Somos mulheres e mães
Somos caneta e papel
Somos leite e pães
Somos poesia em rondel

Vamos ser melhores e meninas
Vamos em mar e rio
Vamos semear flores e bailarinas
Vamos rimar um afeto macio

Vamos de norte a sul
Vamos em versos e abraços
Vamos voar pelo céu azul
Vamos aterrisar, em risos e laços

Somos flores de papel
espalhando alegria
Somos versos perfumados
espalhando cantoria

Amélia de Morais / Anorkinda Neide

PEQUENOS GRANDES POETAS


P orque os rios nascem pequenos
E levadores vão ao último andar
Q uedas d'água já foram nascentes
U topia? Depende do olhar
E sperança não se mede em tamanho
N o ninho é que se começa a voar
O horizonte depende do ponto
S ão de gotas, a grandeza do mar

G ostamos e fazemos assim
R esenhas e histórias diversas
A mamos cada letra e palavra
N os monólogos, diálogos, conversas
D eixamos ao leitor a análise
E m tudo que fazemos, sem pressa
S eja esta a nossa missão, ora essa!

P ermaneça o amor, sobretudo
O stentando seu sublime poder
E levando o sonho ao Infinito
T razendo de lá toda a luz, a
A lumiar o trajeto a tecer, pois
S er poeta é o nosso dever.

(LCPVALLE-15/12/09)



Neste mundinho...

Tem amigos que só dão bom dia!
Tem amigos que são só alegria...
Tem amigos que choram noite e dia...

Tem amigos lá do coração
E até uns que parecem assombração...
Tem amigos de puro carinho...
Sempre nos deixam quentinhos...
Tem amigo que é fuleiro...
Tem amigo cachaceiro...
Amigo do ano inteiro
Amigo de um dia só
Tem amigo professor...
E amigo de recreio...
Tem amigos atuais, virtuais, ancestrais...
Ter amigo é uma delicia!!!
Rir com ele, Uma viagem...
Amigo de verdade !
Lê nos olhos...
Nas mãos do tempo...
Cresce em afinidade
Abraça-nos com verdade
E nos beija com fantasia!
Amigos nos fazem voar...
Mas alguns nos mostram as colinas...
Enquanto outros nos lembram a hora de pousar

"E todos eles reunidos num abraço...
Nos faz lembrar sempre...
Como é bom amar."

Márcia Poesia de Sá

Um comentário:

Siby disse...

Adorei esta linda poesia. Diz tanta coisa sobre amigos tantos!