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domingo, 27 de dezembro de 2009

CAVALHEIROS DA POESIA

Este é o tópico/movimento de parcerias sublimes entre
os amigos poetas e as poetisas da Pequenos Grandes Poetas

Aqui começa o desfile com as três primeiras participações:



Inflama a chama azul

Desandar é verbo sem pensar
É deixar de seguir em linha reta
É fugir regressando ao seu lar
É dormir disperso, não ser correta

Desando quando quero versar
Me embriago na longa espera
Perco o rumo sem saber voltar
Desandar é desistir de ser sincera

Regresso em meu corcel puro
Feito poesia do mais perfeito cordel
Vou trotando e vou seguro
Viajando no atrevido cor de mel

Regressando em dia escuro
Disfarço no atropelo meu
O descaminho de um futuro
E ando agora longe do breu

Torno a acender a chama furtiva
Evoco a flama desse retorno
E assim que ela deixar de ser fugitiva
O combustível se inflama ao entorno

Iluminando a trilha divina
Que é meu viver e trono
Declamo a rima que afina
o fim de meu confuso outono

André Fernandes e Anorkinda

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GOTAS DE DANÇA E POESIA

Vejo gotas coloridas
Que ao se iluminar ao sol
Valsam qual vida e poesia
Fazem de teus olhos guia
Numa linda Parceria
Em noites de fantasia

Preciso parar de pensar
Que essas gotas são do mar
Só me lavam nesse sal
Cristalino e lacrimal

Quero muito acreditar
Que verás gotas de sol
Não no céu, mas em meus olhos
Que permanecem ao leu
Enquanto bailamos, suave
Esta valsa de papel
E nossos sorrisos se mesclam
Ao bolero de Ravel

Enxergar em teu olhar
Um abraço morno e terno
E deixar que a alma valse
Nosso mais belo versar
Pois teus olhos são fogueiras
Onde me queimo ao nadar
E neste fogo me afogo
Num profundo mergulhar

Mesmo chegando atrasados
Para o inicio do ensaio
Ele cuidando de anjos
Ela com tinta nas mãos
O som era belo ao tocar
E logo abraçados fizeram
Que esse atraso se perdesse
E seus versos compuseram

Nesta linda fantasia
Em que bailam dois poetas
As letras não são só rimas
São piruetas e métricas
Vemos as mãos e os corpos
Vemos saias esvoaçantes
Sentimentos e perfumes
Desses poetas dançantes

Celso Mendes e Márcia de Sá

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Dança das Esferas

Versando nos passos
Sem andar e parar, mas dançar
Envolvidos como um laço
Agarrados pelo olhar.

Bailo feito pluma
Nos teus braços Poeta
Pairo no que me vislumbra
Eis a loucura desperta.

E a levarei por todo o salão,
Mas tirando os meus pés do chão
Admirado pela paixão
Lembrarei dos contos de fadas.

E por que não ser insana
Por segundos me entregar...
A poesia que agora dança
Neste nosso cálido versar.

Não seremos nós! Somente nós
A lua e o céu, soltos no silêncio
Desse nosso mundo perfeito
Em seus beijos pego estrelas.

Beijos nossos, cadentes e surreais
Que damos perdidos ao vento
Dos desejos iguais que urgem no pensamento
E enfim nasce a poesia mais bela.

Paulo Viajei e Viviane Ramos

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