Do tópico DE DIOGO, O GRITO!
Poetas inquisidores
Não poderei dizer em versos o que sinto
Não me cabem tais coisas nesse momento
Estou repleto de desalentos de dor e raiva
Meu desejo é queimar livros
Desabrigar os homens de suas crenças
Confundir destinos
Não posso dizer em versos o que sinto
Pois não sinto nada
É vazio
É silêncio
É inquisição de pensamento
E silencio em mim a voz da esperança
Mal sabe os santos, filósofos e poetas inquisidores
Que na letra torta, fétida e suja
Também existe poesia
E onde fica a liberdade?
E onde está o seu olho de humanidade?
Por onde anda sua sensibilidade?
Criar tratados
Impor leis
Fazer valer suas vontades de flores e jardins
De ilusões e de palavras ditas bonitas
Não cura
Não sara
A ferida aberta pelo sorriso de canto
De que lhe vale a rima?
De que vale tanta rasgação de pura seda?
De elogios e tanta purpurina
Se tudo não passa de falsidade
De encenação
De bobagens planetárias
De dinheiro e solidão!
Tudo não passa de inquisição poética
E patética
Nessa arte
Língua morta língua
Queria poder escrever em versos
O belo e a virtude
O puro e o simples
Mas não posso ser como vocês
Não posso ser como um de vocês
Porque em mim, brilha a chama da desigualdade
Porque eu sou desigual
Sou único
Sou livre pra ser o que sou
E isso me basta!
Inquisição poética
Em sua estética
Patética
Diogo Fernandes
Não poderei dizer em versos o que sinto
Não me cabem tais coisas nesse momento
Estou repleto de desalentos de dor e raiva
Meu desejo é queimar livros
Desabrigar os homens de suas crenças
Confundir destinos
Não posso dizer em versos o que sinto
Pois não sinto nada
É vazio
É silêncio
É inquisição de pensamento
E silencio em mim a voz da esperança
Mal sabe os santos, filósofos e poetas inquisidores
Que na letra torta, fétida e suja
Também existe poesia
E onde fica a liberdade?
E onde está o seu olho de humanidade?
Por onde anda sua sensibilidade?
Criar tratados
Impor leis
Fazer valer suas vontades de flores e jardins
De ilusões e de palavras ditas bonitas
Não cura
Não sara
A ferida aberta pelo sorriso de canto
De que lhe vale a rima?
De que vale tanta rasgação de pura seda?
De elogios e tanta purpurina
Se tudo não passa de falsidade
De encenação
De bobagens planetárias
De dinheiro e solidão!
Tudo não passa de inquisição poética
E patética
Nessa arte
Língua morta língua
Queria poder escrever em versos
O belo e a virtude
O puro e o simples
Mas não posso ser como vocês
Não posso ser como um de vocês
Porque em mim, brilha a chama da desigualdade
Porque eu sou desigual
Sou único
Sou livre pra ser o que sou
E isso me basta!
Inquisição poética
Em sua estética
Patética
Diogo Fernandes
Prefiro flores
Houve um tempo
Na casa do desatento
De amor
Onde as pedras eram seu jardim
Pisava pedregulhos
E os pedriscos
Cortavam-lhe o pé
E o sangue brotava
Jorrava raiva
Ódio
E em cada palavra de desamor
As pedras procriavam
Numa frenética criação de dor
Houve um tempo
Em que o desatento quis mudar
Desnudou sua face
E em cada pedra
Lapidou uma flor
Semeou por toda parte
Sonhos
Ideias
E reconhecimento de vida
Não é fácil, confessou ao vento
Teve que segurar a primavera nos dentes
Mas valeu
Flores vieram em esplendor
Brotaram mil,
Dez mil
No lugar de cada dor.
Diogo Fernandes
Houve um tempo
Na casa do desatento
De amor
Onde as pedras eram seu jardim
Pisava pedregulhos
E os pedriscos
Cortavam-lhe o pé
E o sangue brotava
Jorrava raiva
Ódio
E em cada palavra de desamor
As pedras procriavam
Numa frenética criação de dor
Houve um tempo
Em que o desatento quis mudar
Desnudou sua face
E em cada pedra
Lapidou uma flor
Semeou por toda parte
Sonhos
Ideias
E reconhecimento de vida
Não é fácil, confessou ao vento
Teve que segurar a primavera nos dentes
Mas valeu
Flores vieram em esplendor
Brotaram mil,
Dez mil
No lugar de cada dor.
Diogo Fernandes
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