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sexta-feira, 4 de junho de 2010



PEQUENAS GRANDES PÉROLAS!

Recomeço

De repente tudo vem abaixo
Não há nenhuma explicação
Desejamos usar golpe baixo
Não dar ouvidos ao coração

Melhor é inventar a solução
Sempre nos dar nova chance
Buscar esperança no coração
Isolar de vez essa avalanche

Recomeçar é sempre desafio
Achar e desvendar caminhos
É abrir o sorriso com carinho

Mãos a obra e seguir em frente
Sem reclamação , nada adianta
Ter força de atuar calmamente!

ღRaquel Ordonesღ

Amor perdido


Não posso impedir
que o sol se ponha no horizonte,
ou que o rio passe sob a ponte.
Mas sempre há saída
para o amor em nossa vida.

Das noites tristonhas
renascem os brilhos da lua.
Das noites medonhas
renascem os sonhos ocultos
do passado querido
revive o amor perdido.

Entre os flocos de nuvens
existe uma nesga de céu
por onde contemplamos o sol.
Entre as nuvens de dor
sempre surge um novo amor.


Joseph Dalmo

Inspiração de vidro


tal um cristal
minha inspiração verte hoje

frágil... entocada no peito
nem ousa mostrar-se!!!

teme ser estilhaçada
por um toque descuidado
um grito estridente direcionado
acontece! não, que ela queira

mas ela é assim

nutre-se do amor, do perdão
da solidão, da paixão
da contemplação

e quando falta tudo?

esvai-se por entre os poros
sem ter quem à detenha

quando escapada! voa
vai em busca de novos elementos

[...] quem sabe um novo poeta

creio sim, que ela volte, é claro!
e crendo... somente declaro

tão rara

essa inspiração de vidro


pedro costa

IDONEIDADE
.
De nada vale a beleza externa, quando o que vem de dentro, são apenas riscos que se auto-intitulam arte. E mesmo que colocados em quadros maravilhosos, com magníficas molduras e expostos no principal salão da mais aclamada galeria, ainda assim, não seriam...
Dignos da multidão.
.
Poeta Urbano

Mea Culpa

Minha culpa
Se me entreguei de corpo e alma
Se não medi conseqüências
Se não analisei ser lícito o que eu sentia
Se amei por todos os poros

Minha culpa
A dor que por vezes senti
O amor que não impedi
O sentimento que não sufoquei
As sensações a que me entreguei

Minha culpa
O universo em que adentrei
Os segredos que desvendei
Os milagres que presenciei
E tudo o que ainda não sei

E, sobretudo,
Minha culpa
O êxtase que me adentra
O amor que me alimenta
O olhar cúmplice que me sustenta
A certeza da recíproca que me alenta
O amor mútuo.

Célia Sena


"Com tintas, telas e a caneta
Levo minha vida feliz
Com o tempero da alegria
E a humildade de ser sempre aprendiz." (André Anlub)

Minha Escrita II

De repouso entre um suspiro e outro
Acamado entre o amar e ser amado
Coração bate forte sendo fraco
Pensamentos voam soltos, indo alto

Minha escrita está submersa em azul anil
Com sentimentos verdadeiros e inventados
Vagueia entre o real e o senil
Persegue o concreto e o abstrato

Língua solta e comprida
Profere idiomas mal falados
E alados levam poemas declamados
Aos ouvidos que se deixam ser ungidos

Uma dor quase sempre vira escrita
Escrivaninhas, com papiros, suas penas, velhas tintas
O que não se limita, muitas vezes quer ser lido
E o que é lido no respeito não se imita.

Segue assim até nascer do branco pó
O rebento que do chão fica de pé
Que se engasga com as empáfias, o alento
Por um momento ri de todos ao redor.

André Anlub

RETRATO DE UMA VIDA

Sou uma prostituta fabricada,
Que cresce destinada
À vida nua e crua!

Na vida, não tenho paz
E sobrevivem os meus pais,
Do dinheiro da minha carne nua!

Tenho 16 anos de idade
E sou discriminada pela sociedade
De toda e qualquer nação

Mas ninguém, pára e pensa,
Que estou expondo-me às doenças,
Com certeza, não por opção!

Durmo quase sempre, às 5:00 h da manhã,
Pedindo a Deus, para que minha irmã,
Jamais caia nesta vida...

Ter que dormir quase sempre nas ruas,
As vezes, vestida, outras, nua!
Dentro de si mesma, perdida!

Satisfaço os prazeres
Em gemidos e dizeres,
Sempre que o dinheiro “corre”!

E quando isso acontece,
A minha carne apodrece
E a minh’alma morre!

Sociedade injusta!
Que nos faz prostitutas,
Nas esquinas do seu calçadão

Por que tanto nos discrimina,
Se cada uma de nós, meninas,
Fomos jogadas das suas mãos?

Poeta Urbano

Dom sagrado

No princípio não lia nada
E nada me avalia
Não sabia o que algo ser
Muito eu via pelos cantos
Quintana e suas crias
Nem mesmo eu sabia
Que destino iria ter
Já ouvi de nome Leminski
Transgressor, de fato!
No início não sabia nada
Quanto indício foi me dado
Pra aprender com esses mestres
Que eu tenho um dom
Sagrado...

André Fernandes


Litoral


Agora me levanto ouvindo o seu cantar,
Maresias enfeitadas, vão silenciar meu espírito.
Suspira, perfume soprado, espumas brilhantes,
Bebo tal cheiro do ventinho que me atira,

Nos braços invisíveis de musa, Iara bonita,
Seu beijo um litoral de mar calmo,
Brisa que me chama me conduz aos teus braços,
E eu não nego, ventinho condutor,

Meu guia, aos braços dela, chama meu nome,
Ritmando a sedução, o batuque de suas palavras,
Um bate-bate nos meus encantos,
Minha viagem, espumas, o mar aplaude.

Chama o litoral, ventinho feitiço,
Nos encantos da musa, Iara bonita,
Caipora pierrô dança batuque, encanto do amor,
Bate palmas o mar, bate palmas o mar,
Viva, viva! Sonhada canção beira-mar!

(Rod.Arcadia)


(clique na imagem para ampliar)

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3 comentários:

Raquel Ordones disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raquel Ordones disse...

Poxaaaa KINDA, isso é de chorar né.
"essa emoção que nos é proporcionada nos inspira, provavelmente em outos tempos, você deve ter sido a MÃE DA POESIA, sem explicação, sem noçao...nunca vi tanta dedicação em uma só pessoa.Nem vou mais escrever, não há palavra que expresse meus sentimentos por esse momento."

obrigada ---> amo você!!

ANORKINDA NEIDE disse...

exagerada e choronaaaaaaaaaaa

kkkkkkkkkk

bjim!!