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segunda-feira, 5 de abril de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS DA SEMANA!



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Poetas e verdades

Quero meu verbo sendo deglutido
sentido em cada papila...cada poro
ordeno que os sinta, pois eles evaporam
nas manhãs não bem vindas...
No frigir de uma aurora...infinda...

Nesse momento mais que perfeito
Mais puro, sublime e eterno
Sinto a minha vida que é porto seguro
Em tudo que nessa estrela que brilha

Clareando o escuro...vem me mostrando as verdades
tocando levemente minhas insanidades

Quero meu verbo, verdade!!!
poesia sem idade, sem orgulho...
Sem maldade...sem pressão...
Nem iniqüidades...

Sensações, maravilhas
Emoções, universos...
Unindo de vez sua vida a minha
Para sempre, frente e verso!

E o poema se transforma em manifesto
quando poetas rasgam as cedas do universo
cantarolando mantras de verdades
rimando corações sem maldade...

Indo de encontro a corações
Falando mais alto ao amor
Tocando mente e corpo
Passando de vez seu calor


Márcia Poesia de Sá e André Anlub


O AMOR NO POEMA

Livres linhas nos transtornam
os desejos, nos arrebatam
às diversas dimensões

Suaves rimas nos abordam
os solfejos, nos abatem
às ordens das sofreguidões

Raros versos nos transportam
os beijos, nos desatam
os nós das solidões

Voos poéticos nos acordam
os ensejos, nos vertem
os dias em inspirações

Anorkinda


NOITE ENLUARADA

As noites de lua farta habitam minhas lembranças,
Nas caminhadas solitárias pelas estradas de chão,
A brisa soprando o rosto, a mente solta em viagens,
E o céu límpido sobre a cabeça e a lua me seguindo.

Não havia saudade que me fizesse malogro qualquer,
Só sonhos e quimeras banhados pelo brilhar da lua,
Nem as sombras que ela formava na beira da estrada,
Ofuscavam a esperança nem inebriavam o caminho.

A lua era toda minha, o céu era todo meu,
A noite era só para mim e para meus sonhos,
As reflexões a que me levavam eram meus planos,
E meus desejos de então seriam meus caminhos.

E até hoje, quando deslumbra a lua formosa,
Subindo lentamente o céu e espelhando a terra,
Sinto o cheiro nítido daquelas caminhadas,
Vejo-me naquele tempo e revivo o mesmo prazer.

Nas noites enluaradas eu sempre renasço,
Repasso às memórias, os amores, as despedidas,
Revivo dores, saudade, vontade, nostalgia só,
E viajo sim nos mistérios que elas me incitam.


EACOELHO



Um quadro de amor

Algumas vezes a vida nos mostra telas completas
Obras rebuscadas de cor e de sonhos...
Acalentam nossos olhos com cores vivas, e que de tão vibrantes...
Quase nos cegam...
A estas obras chamo de paixão.

Uma tela de amor... É pintada com calma...
Olhos olham a tela nua em arrepios e espanto
Parece que já contam uma história infinita já no primeiro olhar...
Há certamente magia no ar...

As cores jamais berrantes escorrem em cheiros e vozes suaves...
O amor dança musica lenta ao luar...

Não grita, sussurra suas verdades em pinceladas claras
Um quadro de amor embeleza a vida como nenhum outro seria capaz.

Ele sabe observar o por do sol, e não se apressa com a manhã...
Toca lentamente a lua e cada sombra... Cada ranhura...
E pinta sobre a moldura... Olhos que se buscam em silencio

Assinado pelos Deuses do vento... O quadro do amor
É doce movimento...É nota em harmonia
Na sinfonia de todos os momentos...

Bailar de encanto, mágico sentimento...
Exposto na galeria do coração, no quadro do amor não se escreve “momento”
Mas se intitula eternidade... Na suavidade mansa de uma tela sem tempo.

Márcia Poesia de Sá


TREVAS DA ALMA

Turvo
é o teu olhar,
agora,
quando todas as luzes
se apagam
e a treva aflora...

A desdita
te brota na retina
como lava de vulcão,
incandecente,
vinda das profundezas,
em inapelável erupção.

Explode nos teus olhos
rompendo a íris
em lágrimas quentes,
abundantes,
jorrando pela face
em profusas vertentes.

É tua alma que chora
pelos caminhos
em que se perdeu,
relegada às trevas
onde tu a esqueceu!

Rui E L Tavares

(03/04/2010)


UM CANTO À VIDA

Encare o bem como sendo a brisa
Que lhe traz o perfume a todo instante
E sinta sua força que assim harmoniza
Qualquer ambiente de forma brilhante

Contemple a vida como sendo um filhote
Que precisa de carinho e de atenção
Dê beijos suaves no seu cangote
E a ela ensine o dom do coração

Projete seus sonhos no céu infinito
E exiba-os a todos aos quais você ama
Pois eles representam seu tesouro bendito
Que lhe renderá os louros da fama

Cultive as lições do mestre Amado
Como a natureza que fez as florestas
Multiplique a bondade para todos os lados
E dedique à vida suas melhores serestas


Isaías Gresmés 28/03/2009


VARIÁVEIS


São as pessoas
Nossa paciência
Inocência
Uma garoa
A preguiça
O cão, o gato e a lingüiça
Variáveis são.....
Uma opinião, quando se tem algo a ganhar
A certeza, quando o assunto é beleza
As invariáveis ou não
O ponto de interrogação, e o de exclamação?
Sei não
São nossas amizades
Desigualdades
A infidelidade
A luta contínua da idade
Céu, inferno e aqui
Chora, grita e ri
Os olhos da justiça
Terra a vista
Um pouco de tudo
Um muito do nada
Um absurdo
Uma alma que afaga.


André Anlub


LETRA DA MINHA CANÇÃO

Meu verso caminha nu,
caminha puro,
caminha sobre a letra da canção.

Meu verso voa livre,
voa leve,
voa na imensidão.

Meu verso canta a água,
canta o fogo,
canta o chão.

Meu verso, rito da alma,
escrito na calma
da ilusão.

Meu verso inventa palavras,
cria asas
e pousa na mão.

Meu verso, menino levado
merece cuidado
e proteção.

Meu verso
é meu universo
e ao mesmo tempo, minha inversão.

Meu verso foi tempo passado,
é tempo presente,
semente da minha emoção.

Meu verso será no futuro,
Palavras para os meus filhos,
Plantadas, geradas, nascidas do coração.


Amélia de Morais


A CONQUISTA

Parece estranho, mas é isso mesmo...
Eu não era nada mais que uma lesma.
Lentamente me arrastava por este solo
E nada de bonito encontrava para meu consolo.

Como eu desejava sair desta dimensão...
De não estar em tão baixa situação.
Eis que uma fadinha sussurrou-me:
- Não precisas continuar com esta tristeza sem nome.

Um antigo segredo ela me revelou...
E num humilde caracol ela me transformou.
Agora levava eu eu trabalho duro:
Já podia esperar por um belo futuro!

Aquela concha nas costas pesava...
Porém, com ela eu marchava
A rastejos largos em direção
A uma outra transformação!

Então, num casulo me fechei
E ali, na escura solidão, asas eu criei.
E quando senti que era chegada minha hora
Como borboleta nasci e fui embora!

Minha percepção mudara, onde estava aquele velho mundo?
Minha vida se revelara num sentimento profundo.
E voei. No alto, no baixo, no colorido e no sem cor
Conhecendo outros ângulos, com olhos de amor.

E no meu vôo, minha beleza não vi
Mas nas lesmas, lá embaixo, percebi
Um inquieto desejo de voar assim:
-Venham amigas, pra perto de mim!


Anorkinda Neide

Pensas?

Pensas tu que calas meus versos?
Pensas tu que conheces meus avessos?
Pensas que do vôo não conheço?
Pois te digo! Pare de pensar!
Pensas que a dor cala um poeta?
Pensas que a decepção é descoberta?
Pensas que com o cérebro, eu penso?
Penso que nada sabes de poesia
Pois ela não vem da realidade fria
Permeia os campos da fantasia
Por isso, revoa sempre, todo dia!
Pensastes tu que me calarias...
Penso eu que me destes asas
Portanto agradeço o céu
Prateando nele meu véu
Em um novo vôo solitário

Márcia Poesia de Sá


PENSAMENTO

Como é complexo o nosso pensamento
não tem controle, ele vai aonde quer
viaja sozinho e em nenhum momento
evitamos que ele vá aonde quiser.

É versátil, entra em qualquer ambiente
até cria outros no plano da ilusão
não obedece ordens, ele é inconsequente
muitas vezes é o algoz do coração

Não tem amarras, vive pleno, em liberdade
geralmente transita por ai ao léu
às vezes perambula num mundo de saudade
outras, feliz, parece estar no céu.

O limite do pensamento é o universo
mesmo assim algo mais ele pode imaginar
é ele quem dita a rima do meu verso
é ele quem me conduz na arte de pensar.

Por quê, então, com tão ampla faculdade
de ir e vir pelos caminhos que quiser
o meu fica preso num cantinho de saudade
pensando fixamente numa única mulher?

Rui E L Tavares


Poetisa Temática

Penso, considero, então escrevo;
Sinto, ausculto, logo transcrevo...
Sou minhas idéias, poetisa temática.
Métrica? Cabulei aulas de matemática...

Batucam no coração do poeta, os temas
Como cutucam em minha alma, os dilemas.
A caneta derrapa em curvas de des-inspiração
E o piloto tenta não perder o rumo da emoção

Sigo aquele velho caminho; o meu instinto
E a poesia é a estrela-guia, não minto...
Quero derramar no papel meu pensamento,
E feito verso, viajar aos quatro ventos.


Rosemarie Schossig Torres


ENCONTRO ...

Encontro
Um mundo sem rumo
Com um corte profundo
No seu horizonte ...

Encontro
Políticos de porre
Discutindo relações
No mercado de ações ... (excusas)

Encontro
Homens engravatados
Honra e cinismo ilibados
Sem decoro, sem ética ...

Encontro
Mulheres fúteis
Em ideais inúteis
De bunda perfeita ...

Encontro
Meninos nos faróis
Bancando heróis
Em miseráveis malabares ...

Encontro
Ferida viva
Na vida de um povo
Num beco sem saída ...

Encontro
A arte parada
Na fila de espera
De um espaço cultural ...

Encontro
Poeta perdido
Gritando aturdido
Para um surdo - mundo ...

Lage,Mazéh




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