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terça-feira, 4 de maio de 2010

Do tópico O GRANDE UDINE!

NO QUARTO ESCURO.

A Lua passeava no alto céu
E , de vez em quando, ela se escondia
Por entre nuvens de cerrado véu...
No entanto, a minha amada já dormia

Molemente, em seu leito de aconchego.
No quarto escuro, de janela aberta,
Em dado momento, a Lua, de chamego,
Rompe as nuvens, e o seu clarão acerta,

Em cheio, o quarto escuro, onde, nua,
A amada espelhava as formas da Lua,
Com o seu belo corpo de mulher...

Vendo essa cena sedutora e bela,
Louvei a amada; e a Lua, da janela;
E fiz a noite em mim amanhecer...

(A.) J. Udine

OS VAGA-LUMES.

Nas noites sem estrelas e sem lua,
Quando a escuridão veste os verdes campos,
Da janela do meu quarto eu olho a rua
E vejo, deslumbrado, os pirilampos...

Como estrelas cadentes, aos milhares,
Os vaga-lumes piscam, intermitentes,
Suas lanternas sobre o chão e ares
Num espetáculo de luzes frementes...

Nessa visão incomum e grandiosa,
A terra se transforma em grande céu
Ao compasso de estrelas luminosas...

E a noite, aos poucos, perde o seu negrume:
Seu negro manto - matizado véu -
Fica enfeitado de dourado lume!...

(A.) J. Udine

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