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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PEQUENAS GRANDES PÉROLAS DA SEMANA





Esta é a nossa LUZ!



ROSA-FADA

ELA DESEJA
E DESEJA TANTO

ELA PERFUMA
E PERFUMA TANTO

ELA É FADA
E PORTANTO

ELA PODE
E FARÁ

ANORKINDA
De A a Z

Ah,se as coisas fossem como antes!
Boas,bonitas,bem feitas...
Crianças e seus sonhos
Dando a impressao de tranquilidade.
Escolas não são como eram,
Funcionam às avessas.
Grandes homens são poucos
Hoje estão quase extintos.
Inútil pensar que a "coisa ta preta"
Ja que o pior ainda virá.
Leões matando nossos sonhos...
Medos,manias,monstros.
Nada tem lógica
Ou nós perdemos o senso?
Precisamos de ajuda.
Quem fará caridade hoje?
Respostas! Só o que queremos...
Se não for pedir muito,claro!
Tempo temos de sobra
Uma das coisas que ainda podemos ter
Viva o mundo!Viva por quê?
Zeremos os contadores e vamos à luta outra vez!!!

Rô Elkeyn
18/05/2001

TEORIA DAS CORDAS


O som que toca nas planícies
Não é som humano
É o som que vem lá do Eterno
Primeiros anos

O som que toca nas florestas
Não é som humano
É o som que vem lá dos primórdios
"Primordianos"

O som que toca em alto-mar
Não é som humano
É o som das águas iniciais
Diluvianos

O som que toca nos desertos
............................nos trovões
....................... longe ou perto
...........................nos corações

O som que toca nos incêndios
............................... nos anais
......................nos compêndios
......................... em temporais

O som que toca em ventanias
........................... em furacões
............................. noite e dia
........................ em explosões

O som que toca e ensurdece
............que não se pode ouvir
.........que surge e desaparece
...........que não dá para sentir


É o som que surge de uma nota
É o som de cordas universais
É o som que fecha e abre porta
É o som de Deus e nada mais.


(LCPVALLE-01/06/06))


POEMA PARA UM NOVO TEMPO


Quando a discórdia arrasta o coração
o caos é previsível
quando a tormenta se apodera da razão
o desfecho é o horror...
É preciso retomar a consciência
a paciência, virtude dos humildes
começa a definhar nessa agonia...

O dia da queda do tirano se aproxima
o povo num levante nunca visto antes
começa a fazer trincheira,
a amargura que comanda os mutilados
será a bomba que dizimará culpados...

Então um novo tempo há de ter um novo brilho
e tudo aquilo que na massa definhou
será enterrado no passado da ganância
e a vilania que pautou a nossa história
será inglória e não voltará jamais...
Então nosso passado tangido de penúria
ficará para sempre abandonado em algum cais.


Marçal Filho
Itabira MG
23/12/2009



DESCOBERTA
.
com poucas
palavras
descrevo
meu vazio...

é apenas
uma sensação
de frio...
.
Janete do Carmo
02.01.10




A Língua do Silêncio (da falta de som)


Meu silêncio não arrasta os pés,
não tira os sapatos,
nem estremece o chão.

Não abra as cortinas,
não é ode à Lua.

Meu silêncio não é tartrazina,
não faz pirueta.

Meu silêncio não come e dorme,
não é sofridão.

Não é solitário, não é revoltado.

Meu silêncio é o meu objeto,
o meu estrondoso calar de palavras.

Meu silêncio é o corte no excesso dos sons.
É minha Língua, minha linguagem...

É o meu silêncio a preencher lacunas,
espaços impenetráveis.

O Silêncio, é o que me sobra,
quando os sons não dizem nada.


A.R.S.





Ferida exposta

Eu sou pergunta sem resposta
Livro longo e sem final
Com toda ferida exposta
Posta em cada lágrima de sal

Eu sou chuva que se anuncia
Pela distante voz do vento
Que nunca chega e silencia
Em gotas finas de esquecimento

Eu sou poema quebrado
Desfeito, refeito, omitido
Perdido ao som de um brado
Do qual fugiu todo sentido

Eu sou palavra que ainda falta
Neologismo que nunca se criou
Sou essência que aos olhos salta
No verso em que, pungente, se derramou.
.
Alexandre de Paula




Minhas mãos calam

"Quanto tempo iludida
Quanto tempo colorida
Sem ver que na paleta da vida
Tu só via tons pasteis"


Ah! Como dói quando acontece...
E elas fecham-se em espasmos
Todas minhas cores, repentinamente se arrefecem
E as letras, não adiantam prece, se ausentam de mim...

Minhas letras...
Aquelas que te seguiam, em revoada
Sorridentes e coloridas te acordavam
Doando a ti, o arco-íres de mim...

Essas mesmas hoje, se vestem de cinza
E revoam os céus grafites
E lágrimas secaram ao vento, ao léu...

Elas simplesmente silenciam assim...
Fecham-se em si mesmas, como estátuas de sal
Se no aroma de tua alma, sinto algo de mal
e este negrume d'alma te abraça e abate

Nossa! Isto dói, e não é alarde...
Ver desmoronar um ser que amava
E perceber em tua aura, tanta mágoa

Fecham-se minhas mãos em pleno luto!
Luto, pela morte de um ídolo
No nascimento de um ser tão absurdo...

Mas ainda busco em meu íntimo, cores sépias
Para retocar as tuas folhas tão incertas
E espero um outono colorir...
As primaveras, que ja não vejo em ti.

Márcia Poesia de Sá – 04.01.2010


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