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sexta-feira, 19 de março de 2010


DA MARATONA POÉTICA "SEMANA DA POESIA"

Parcerias que versaram sobre:


EU VERSUS POETISA

É grande a disparidade
entre a poetisa
e a pessoa

É estranha a polaridade
entre a palestra
e a poesia

É intensa a verdade
Que na mente
Se faz rima

É certa a insanidade
Que em versos
Nos domina!


Anorkinda Neide e Viviane Ramos


AJUSTES


AS VEZES BRIGO COM ELA
PRA MELHORAR INDA MAIS
MAS ESSA NOBRE DONZELA
NÃO BRIGA COMIGO JAMAIS

SEMPRE AJUSTO A DIFERENÇA
E BRINDO COM UM BOM VINHO
INDA TENHO ÀQUELA CRENÇA
QUE SOMOS UM SÓ CAMINHO

NA CRUZADINHA DE LETRAS
AS VEZES ME PERCO UM POUCO
ELA ME FAZ DE RETRETA
FICO ENTRE POETA E LOUCO

NÃO MANDO NEM SOU MANDADO
MAS OBEDEÇO À INSPIRAÇÃO
NO MEIO DA NOITE MEIO ACORDADO
ME ENTREGO À CRIAÇÃO

SOU POETA POR OPÇÃO

Pedro Costa & Amélia de Morais



Cadê a inspiração?

Hoje acordei com vontade
de uma poesia escrever
ela fugiu com a inspiração
me fazendo aborrecer.

Busquei palavras da mente
pensamentos ja pensados
emoções que eu já tive
juntei em um rabiscado


Nesse tal emaranhado
formas desencontradas
improvisei num traçado
de tramas alinhavadas

Um poema então surgiu
de forma artesanal
uma estrela até sorriu
tudo voltou ao normal

Raquel Ordones e Mazéh Lage


IRMÃS

Eu e a poesia nos pegamos às vezes
Como irmãs em irritações cotidianas
Ela inventa de me azucrinar
E eu querendo sossegar

Eu e a poesia nos amamos muito
Mas tem dias em que ela está agitada
Querendo se mostrar
E eu a espreguiçar

Eu e a poesia, às vezes não concordamos
com a forma de rimar
ela quer vir de um jeito
mas eu não concordo com o efeito

Que nós dois vamos causar
mas sempre achamos um meio termo
e paramos de brigar
afinal somos irmãs, vivemos pra nos amar!

Anorkinda e Rui E L Tavares

Réu

Sou sobriedade e certeza
Teço o meu destino sem freios
Me sei tão poesia, sem rodeios
Verso-me em crível destreza

Eu versus quem me completa
O coração pulsa em câmera lenta
E quando a paz, então, se afugenta
A poesia se insere tão certa

Tudo ao mesmo tempo incerto
Correto, talvez, porque não
A culpa de mim réu confesso
Procura no céu solução

A pena talvez seja perpétua
Que seja o que merecer
Pra todos eu peço uma trégua
Pior que não saber viver

Michelle Portugal e André Anlub


Poema e Poesia

Criei a poesia
com um gesto de caneta
deitei-a com carinho
num ninho na prancheta.

Dei-lhe uma rima doce
pelo bico da pena
depois, como se fosse
chamei-a de Poema.

Meus traços desenhados
Em sonhos versados
Senti o meu cerne
Alma e epiderme

Foi o momento raro
Criei-me em poesia
O peito num disparo
Rendi-me a fantasia...

Rui E. L. Tavares & Michelle Portugal


POESIA QUE FAZ CALAR

Sou sobriedade e certeza
Teço o meu destino sem freio
Me sei tão poesia, sem rodeio
Verso-me em crível destreza

Eu versus quem me completa
O coração pulsa em câmera lenta
E quando a paz, então, se afugenta
A poesia se insere tão certa

E quando ela surge certeira, rabugenta,
Impondo se sem rodeio e sem freio
Fico amarrada, tolhida e sem meio

E só ela permanece soberana a reinar
Não admite qualquer entremeio
E para não fazer feio, me ponho a calar

Michelle Portugal e Marlene Caminhoto Nassa

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