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segunda-feira, 15 de março de 2010


PEQUENAS GRANDES PÉROLAS DA SEMANA!


ESTRELAS DIAMANTES

E naquela noite
chovia
estrelas...

O solo não absorvia,
acumulava-se.
Era tanto
brilho...
Um espetáculo!

Algumas apagavam-se,
viravam
cascalhos.
Outras luziam
ainda mais...

Eram celestes
diamantes
em luxuosa mágica!

Anorkinda


ONDE O UNIVERSO SE ESCONDE


Sei que tudo está dando certo,
sinto assim;
as coisas se encaminham,
os sincronismos se acertam!

Minhas idéias, suas idéias, nossos ideais.

E assim vamos
entre sonhos, sorrisos, soluços e silêncios,
entre nossos desejos,nossos beijos,
nossa gratidão e a retidão de caráter.

Aplaudam, divirtam-se!

Que o show continue assim,
eu aqui e você perto de mim
independente da distância que o mundo convencione
cartas, sms, mail, telefone.

É o mundo,
distante e muito perto.
Na distância do tempo que leva
pra um pensamento aquecer o coração.

E,se depois de tudo isso,se sentir só
olhe para dentro, jamais se abandone
No fundo,no fundo
é la,que o universo se esconde!

Rô Elkeyn



A INFINITUDE DO CORAÇÃO

O coração é terreno oposto à razão, esta que finda nas interrogações impossíveis, intrincadas charadas e vãs racionalizações...
Jamais a razão chega próxima do sentido das emoções brotadas no coração...tão distante e estrangeira que lhe foi impossível definir este terreno insólito, infinito, incrível borbotão da emoção...
Pois não é no órgão coração que vamos assitir ao nascedouro dos amores, das dores, das iras e soluços de agonia, mas no chakra cardíaco, o pulsar das energias, identificadas como emoções.
O sentimento pulsa ali, no lado esquerdo do peito, e a mente define: no coração!
Porque o centro de energia não se vê, não alcança-lhe o bisturi, não se arranca com a mão...É o centro da infinitude dos sentires, onde pulsa, vivo, o amor em manifestação!

Anorkinda



VERSOS AO VENTO

Meus versos alados
Atravessam azuis
Arrrebatam rimas
Meus versos alados

Meus versos inspirados
Alcançam seus leitores
Acordam os sonâmbulos
Meus versos inspirados

Meus versos livres
Sopram sussurros
Afetam preconceitos
Meus versos livres

Meus versos autênticos
Confortam suas dores
Estremecem rancores
Meus versos autênticos

Meus versos amados
Desejam te encontrar
Suportam te esperar
Meus versos amados

Meus versos ternos
Pousam em tua tela
Acarinham teu sorriso
Meus versos ternos

Anorkinda



CONTADOR

Queria ser um contador de histórias,
Para encantar os meninos,
Ver olhos esbugalhados,
Medos dos meus monstros,
Dos fantasmas dos meus enredos.

Queria falar da minha vida,
Dos meus pés descalços,
Do meu deslumbre na cidade grande,
Do regozijo das luzes elétricas,
E das novelas na televisão.

Do desconforto do primeiro sapato,
Da bicicleta que não rodava em pé,
Da timidez de tanta gente apressada,
Do encanto da primeira matinê.

Queria contar da Ana Lucia, paixão juvenil,
Dos primeiros pelos despontando
Da virilidade esperada e temida
Da voz que engrossava anunciando o homem.

Queria sair contanto mundo afora,
Do amasso no portão, do beijo na boca,
Da fuga, do esconderijo, do sexo, do êxtase,
Do cansaço, do medo, do orgulho,
E das vantagens contadas nas rodas de amigos.

Queria sim ser um contador de história,
E contei aos filhos, fazendo pipa,
A outro pra fazer dormir,
E outro para aliviar a febre,
E a outra para exaltar sua beleza.

Contei estrelas para encantar a mulher amada,
Contei mil vezes as juras de que seria para sempre,
E contando as horas a esperei tantas vezes,
E contava versos quando ela chegava,
Só não contei os beijos, porque eram tantos.

Contei em versos tantos desamores,
Contei aos amigos tantos desadores,
Mas houveram histórias bem aventuradas,
Houveram causos de regozijar.

E ainda quero sim virar histórias
Para serem contadas nos serões de engenho,
Que sejam netos novos contadores,
Relembrando contos contados, causos inventados,
Por esse contador.

EACOELHO


O PRIMOR DOS SEUS VERSOS

O primor
dos seus versos
me encanta tanto...

Invade
a alma minha
-em cada canto-

Retira
o meu pesado
manto

Esqueço até
que sofro
e quanto...

Lena Ferreira

TARDE DE VERÃO

O dia divagava em raios de um sol fervente. No ar, a fragrância retirada à força de flores coloridas. No lago, patos refrescavam-se em aparência tranquila. Pessoas caminhavam ao longe e nuvens pequeninas zombavam de minha procura por sombras. O cenário tinha uma atmosfera de espera, uma sensação trágica em minha ausência de esperanças.

De repente, um silêncio apossou-me, quase me derrubou. Veio com violência e fêz-se exclusivo e envolvente. Emocionada, comecei a perceber um pequeno batimento que aumentava à medida que minha atenção concentrava-se.

Soltei em um soluço a pergunta:
- O que falas baixinho, meu coração?

Fechei os olhos e imagens caleidoscópicas me responderam em uníssono, de uma forma contundente e figurativa. Mostrava-me o coração, este chakra mágico das emoções, estas imagens: aves se encontrando em carinhos, flores desabrochando em alegria, peixes singrando rios em abundância, estrelas e sóis em dança cósmica e rostos amigos sorrindo pra mim!

Aos poucos o batimento cardíaco transformou-se em música suave e em sussurro firme, meu coração disse baixinho:
- Eu te amo!

Anorkinda


Reino da Poesia

Vou-me para o reino da poesia
Lá sentirei tocar minha face a brisa
Tocarei nuvens novas cheias de magia
Ouvirei uma música límpida, lisa

Sem ranhuras nem amarras
Perderei meu tempo pela rua
Repleta de palavras saltando de frestas
E agarrarei a que mais se insinua

Serei poeta boêmio, trovador
Pois o tempo já estará perdido
Disperso, imerso e esquecido
Não mais me prenderá, serei cantor

De um novo mundo
Onde a morte me contará
Histórias da vida de lá
E a poderei fotografar num segundo

Tomando, com ela, um cálido café
Rindo duma enganosa e antiquada fé
Que um dia me prendeu
E em ópio me embebeu.

Alexandre de Paula


Amando o verso


Quero a palavra bendita, mal dita... Engasgada, cuspida
Quero a palavra escrita... Pensada..remoída...sentida
Vou escrever a partida, a primeira marcha
a decidida.

Desejo o vocábulo incisivo, bem dito... Pontiagudo, atirado
Desejo o vocábulo prescrito,... Avariado... Redemoinho... Sensível
Vou desenhar o percurso, o primeiro passo,
o princípio...

Sonho com os riscos de negro... Deitados em pagina branca...
Sonho com o deslize da pena, que pena... Sem pena...
voam os desejos corações escritos... Ruídos, desenhados... Pintados num grito
de mãos dadas em negrito...

Realizo seus sonhos com traços meigos... Em pé, pés brandos...
Faço o roçar da cena, que cena... Sem cena...
mergulham os efeitos, almas contritas... Gritos sussurrados... Grafitados no granito
de mãos entrelaçadas em manuscrito...

Serei pois nossos sonhos, nada tristonhos...
Cambaleantes versos, in(versos)...escritos, descritos...
Na pele arrepiada de uma folha...
No lírico sentir de cada linha...serei tua, serei minha...poesia... Na veia, na teia.. Infinda

Gustavo Drummond e Márcia Poesia de Sá


CRENÇAS

Eu só acredito
Em um hino
E esse hino
Chama-se: Poesia

Eu só acredito
Em uma bandeira
E essa bandeira
Chama-se: Dia

Eu só acredito
Em um país
E esse país
Chama-se: Ousadia

Edison Gil


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